“Não estamos lotados”, diz presidente da Ahpaceg sobre rede particular
21 maio 2020 às 16h57
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Segundo ele, faltou um tipo de leito específico, para isolamento de pacientes de Covid-19, mas a rede mantém média de 20% de ocupação
Durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 21, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, afirmou que a falta de leitos de isolamento para pacientes de Covid-19 foi circunstancial.
No caso da falta do tipo específico de leito, registrado na quarta-feira, 20, Helou disse que o registro foi de uma instituição específica, que acabou repassando para outros hospitais particulares. Ele frisou ainda que a ocupação geral média durante o período de emergência na saúde é de 20% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais de alta complexidade na capital.
No entanto, Helou salientou que a possibilidade de haver uso total dos leitos disponíveis na rede particular é alta. Sobretudo porque há necessidade de isolamento para os pacientes de Covid-19. Com as taxas de isolamento social decaindo em Goiás e Goiânia, a possibilidade se torna maior.
Na quarta-feira, 20, houve um vazamento de áudio em que Haikal Helou dizia que não havia mais leitos de UTI disponíveis para pacientes com suspeita de Covid-19. “Hoje, às 15 horas, acabaram os leitos de isolamento para suspeitos. Restam poucas vagas em UTI para casos confirmados”, diz no áudio.
Na semana passada, a entidade havia anunciado, por meio de nota, que estava com 80% de ociosidade.
Leitos
Os hospitais da rede de alta complexidade possuem 100 leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19. A possibilidade de ampliação deste número depende da plasticidade da rede. Ou seja, infraestrutura. Já que há necessidade de isolamento para que outros pacientes não sejam contaminados com a doença causada pelo coronavírus.
“Faltou um leito específico e já foi provido. Estamos melhorando a forma de comunicação e regulação. Mas aumentou em Goiânia e Goiás. Hospitais que não estavam atendendo ninguém estão atendendo 20 a 25 pessoas por dia. Isso é preocupante. Se o aumento for uma constante teremos falta de leito em questão de tempo”, aponta.