“Não boto minha mão no fogo por ninguém”, diz Rodart sobre supostas ‘rachadinhas’ dos Bolsonaro

08 maio 2022 às 16h16

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Vereadora também foi acusada por ex-funcionária de praticar crime de cobrança de percentual dos salários de auxiliares do gabinete
Fiel apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), a vereadora por Goiânia, Gabriela Rodart, atualmente, pré-candidata a deputada federal e presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em Goiânia, afirmou que não arrisca defender a inocência de ninguém. “Olha, desde que fui eleita vereadora, eu perdi totalmente as pautas e tudo que acontecia (no cenário político), por isso, não boto minha mão no fogo por ninguém, cada um responde por si,” frisa ela acerca das supostas ‘rachadinhas’ atribuídas aos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio (PL-RJ) e o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos (Republicanos).
Assim como eles, Rodart também foi acusada por uma ex-funcionária, a professora de direito penal, Cláudia Helena, que usou as redes sociais para afirmar que haveria no gabinete a prática de se cobrar uma porcentagem dos salários de assessores da parlamentar. “Eu fui acusada, no começo dessa legislatura, de fazer ‘rachadinha’”, rememora. O processo segue tramitando na Justiça e no próximo dia 18, já será a terceira audiência entre as duas.
“A professora Cláudia estava comigo na pré-campanha e já fazia parte do núcleo do convívio. Eu fui percebendo ações premeditadas dela, atacando as pessoas que trabalhavam no gabinete, falando coisas grosseiras aos funcionários da casa. Até que eu falei: ‘não dá. A gente não vai mais contratar os seus serviços’”, relembra como teria sido a conversa. “Depois ela começou a entrar nas redes sociais e falar publicamente, WhatsApp, Facebook, Instagram, enviando mensagens para pessoas que confio, para pessoas que eu confiava: ‘ô, ela está fazendo rachadinha, assim e assado, desenhou como eu fazia o crime lá, e aí eu coletei todas as provas e ela está respondendo na Justiça”, ponta.
Apesar de se declarar defensora de regimes tidos como mais ditatoriais, como a monarquia e até o anarquismo, Rodart imputa ao Poder Judiciário a mediação para, por exemplo, falsas acusações. “Hoje as pessoas imputam crises, calúnias, injúrias e difamação a mim o tempo todo. Pode falar, mas vai responder judicialmente por isso”, garante a vereadora.