Municípios periféricos concentram mais de 30% do PIB da região metropolitana de Goiânia
18 abril 2015 às 17h48
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Estudo revela que industrialização tem mudado o perfil das periferias das grandes regiões metropolitanas brasileiras
Estudo realizado pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon) revelou que o perfil econômico dos municípios da periferia das 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras tem mudado. A razão para essa mudança é a migração das indústrias para as cidades periféricas, que aos poucos têm conseguido alcançar desenvolvimento econômico compatível com os dos núcleos.
Devido ao crescimento econômico, os municípios periféricos têm deixado de ser cidades-dormitório e “bolsões de pobreza”. Há casos em que o Produto Interno Bruto (PIB) dessas cidades ultrapassam o da cidade principal. Um exemplo é a região de Campinas, onde o PIB das cidades da periferia chegaram à marca de 61,2% do PIB total da região metropolitana.
No caso de Goiânia, as cidades periféricas somam 34,2% do PIB da região metropolitana. Segundo dados da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento, a região metropolitana de Goiânia é formada por Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.
O estudo revelou ainda existir “equilíbrio” na comparação entre o PIB per capita — quando se divide o indicador pela população da região — da periferia e do núcleo da região metropolitana de Goiânia. O vice-presidente da Cofecon e autor da pesquisa, Júlio Miragaya, atenta, porém, para a limitação do PIB por habitante como forma de medir a qualidade de vida da população. Ele usa o exemplo de Salvador, onde o índice das cidades periféricas corresponde a 229,2% o da cidade principal.
“PIB per capita não indica qualidade de vida. Na Bahia, existe uma indústria intensiva em capital em municípios com população pequena em relação a Salvador. A produção é alta, mas isso não indica necessariamente que o dinheiro é revertido para as populações locais.”, explicou Júlio Miragaya.
* Com informações da Agência Brasil