O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou para condenar Maria de Fátima Mendonça Jacinto, a “Fátima de Tubarão” a 17 anos de prisão em regime inicial fechado. Fátima foi presa por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A mulher, de 69 anos, participou do grupo que invadiu a sede do STF. Em vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, Maria de Fátima diz que defecou num banheiro do Supremo “sujando tudo”. Ela foi presa preventivamente no fim de janeiro de 2023.

Moraes é o relator das ações contra os acusados de invadir e depredar as sedes do Três Poderes em Brasília. O ministro votou para condenar Maria de Fátima por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Além disso, o ministro propôs que a mulher seja condenada a pagar multa e indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões (a ser quitado em conjunto com os demais condenados pelo caso).

Maria de Fátima será julgada em sessão virtual do STF. No formato, não há debate entre os ministros, que apresentam seus votos em plenário virtual.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a ré “participou ativamente e concorreu com os demais agentes para a destruição dos móveis” no Supremo.

Em sua oitiva, Maria de Fátima afirmou que foi à Brasília para “conversar com o Ministro Alexandre de Moraes, a fim de que ele apresentasse o código-fonte para o grupo”. Afirmou que, em 8 de janeiro, um carro de som passou no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, dizendo que havia “chegado a hora”.

Ela afirmou que acompanhou a multidão até a Praça dos Três Poderes e que os prédios já haviam sido invadidos. Fátima confirmou ter defecado em um dos banheiros do STF.

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