Ao menos cinco categorias participaram do ato que reuniu cerca de 300 pessoas

Nesta terça-feira (3/6), dia em que Goiânia recebeu o amistoso entre Brasil e Panamá, cerca de 300 pessoas foram às ruas da capital em protesto contra os gastos públicos com a Copa do Mundo. Ao menos cinco categorias integraram o ato, que foi acompanhado de perto pela Polícia Militar (PM). Houve início de confronto entre manifestantes e agentes da corporação. Os policiais chegaram a utilizar spray de pimenta para impedir o acesso ao Estádio Serra Dourada.

Com concentração na Praça Cívica, centro da capital, o ato seguiu rumo ao Serra pela Rua 83. Oficiais do Exército Brasileiro também ajudaram a isolar o local. Depois de negado o acesso ao estádio, os manifestantes paralisaram o trânsito na Avenida Fued José Sebba em direção à BR-153. O trânsito na região ficou congestionado por cerca de meia hora.

Já no final da manifestação, por volta das 17h, uma viatura da PM foi atacada.  Em resposta, os agentes impediram momentaneamente a continuidade do ato. Logo depois, os manifestantes, em menor quantidade, regressaram à Praça Cívica dando por fim o protesto. Por diversas vezes, integrantes do ato hostilizaram a presença da imprensa durante a cobertura do movimento.

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A maioria dos manifestantes integra o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed). A categoria está com as atividades paralisadas desde o último dia 26. A reivindicação geral é o cumprimento integral do acordo firmado entre a Prefeitura de Goiânia e os educadores, como a incorporação da gratificação de regência de classe, pagamento das titularidades e progressões. O compromisso foi firmado em outubro do ano passado, quando houve a última greve, que na época durou quase um mês.

Também participaram da manifestação integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINF/IFES) Goiás, servidores municipais da saúde, estudantes, membros do Movimento Tarifa Zero Goiânia e do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana  (Sindicoletivo).

Além do questionamento quanto aos gastos públicos com o Mundial, os manifestantes defendiam, entre outras bandeiras, o afastamento do prefeito Paulo Garcia (PT) da administração da capital e o fim da criminalização dos movimentos sociais.