A missa de sétimo dia do jornalista Afonso Lopes será na sexta-feira, 29, às 19 horas, na Igreja São Paulo Apóstolo (Avenida T-7, nº 295, Setor Oeste, em Goiânia).

Afonso da Conceição Lopes morreu no sábado, 23, aos 64 anos. Natural de Frutal, era o mais goiano dos mineiros.

Um dos mais importantes jornalistas de sua geração, Afonso Lopes era goleiro, beque, volante e atacante — quer dizer, escrevia bem sobre qualquer assunto, inclusive economia, embora sua especialização fosse política, que analisava praticamente como cientista político.

Ele brilhou no rádio (em Goiânia e Anápolis), na televisão e em jornal (“Diário da Manhã” e Jornal Opção). Era um craque. Eu ligava para ele e falava sobre o que deveria escrever. Dava o assunto e perguntava: “Quer uma pauta detalhada?” Ele respondia, brincando: “Não sou músico”. Ele ia além do que era pedido. Assim são os grandes repórteres e analistas.

Afonso Lopes, pai de Afonsinho Rezende Lopes (Azullis Alphonsus para os amigos) e irmão de Maria Helena Lopes, deixou familiares e amigos consternados. Frise-se: tinha apenas 64 anos.

“Nunca estamos preparados para notícias como essa”

Quando o jornalista Lorimá Dionísio, o Mazinho, morreu, recentemente, eu e Afonso conversamos por um bom tempo. Em seguida, ele escreveu para mim: “Que pancada. Acho que nunca estamos preparados para notícias como essa. Mazinho foi meu primeiro diretor na TV (Goyá, Goiânia Urgente). Trabalhamos juntos em muitas redações. Era um irmão, companheiro de pescarias. Estará sempre nas boas lembranças de seus incontáveis amigos”. E reclamou: “As velhas hérnias de disco voltaram. Dores 24 horas por dia”. Ele era diabético.

Trabalhei com Afonso Lopes no “Diário da Manhã, entre as décadas de 1980 e 1990, e no Jornal Opção, durante vários anos. Era um grande colega, sempre bem-humorado. Escrevia rápido e bem. Porque sabia pensar e tinha múltiplas fontes e conexões.

Nossa equipe era constituída de Afonso Lopes (a coluna Conexão foi criada para ele), José Luiz Bittencourt Filho, Luiz Carlos Bordoni, Antônio Porto (ex-Rádio Globo, escrevia sobre esporte), Helvécio Cardoso (também falecido), José Maria e Silva, Léo Alves, Sebastião Abreu, Rogério Lucas, Helton Lenine, Abadia Lima, Rosane Lousa, João Spada (um dos melhores diagramadores que conheci).