A ministra Esther Dweck, responsável pela Gestão e Inovação em Serviços Públicos, anunciou três rodadas de concursos, que totalizaram a abertura de 8.200 vagas. Contudo, a ministra revelou que o governo tem o objetivo planejado de disponibilizar até 10 mil vagas adicionais, e, para alcançar essa meta, ela está buscando antecipar parte do cronograma previsto para 2024, cumprindo as nomeações ainda este ano.

“Se o concurso for no ano que vem, a pessoa pode entrar só lá em 2025, faltando apenas dois anos para o fim desta gestão. Não está certo ainda, porque não sentei com a Simone Tebet [Planejamento], mas tento antecipar uma parte”, revela Dweck.

Conforme evidenciado no anúncio feito em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou claramente sua preocupação pessoal com a interrupção. Durante uma entrevista coletiva em que foram anunciadas 4.436 novas vagas, Lula entrou em contato com Dweck para questionar por que as áreas de políticas sociais e meio ambiente não estavam contempladas nessa medida.

“Ele sente a falta quando pede as coisas e dizem para ele que não conseguem fazer porque falta gente. É por isso que ele fala que os ministérios estão vazios”, afirmou a ministra.

O Ministério da Gestão manifestou interesse em promover mudanças nos concursos, porém, ainda não definiu se irá apoiar totalmente o Projeto de Lei (PL) que trata desse assunto em tramitação no Congresso.

O mesmo cenário se aplica ao Projeto de Lei das Cotas. O ministério já possui suas propostas sobre esse tema e está avaliando a melhor forma de apresentá-las aos parlamentares. É certo que as cotas serão aplicadas nos concursos. Essas questões, juntamente com outras, serão abordadas no manual dos concursos, que tem previsão de lançamento nesta semana.

“Agora, que vai ter uma nova leva grande de concursos, a gente quer que a lei de cotas seja aplicada corretamente.”

Leia também: