Levantamento da Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira, 21, revela que a maioria da população brasileira desaprova o trabalho do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dados mostram percepções regionais e ideológicas distintas sobre temas como a destinação de emendas parlamentares e a atuação da Suprema Corte.

Segundo o levantamento, 51% dos brasileiros desaprovam o trabalho do Congresso Nacional, enquanto 42% demonstram aprovação. A avaliação negativa se estende ao tema das emendas parlamentares — recursos que deputados e senadores direcionam diretamente para obras e projetos em seus redutos eleitorais. A maioria da população (46%) acredita que os parlamentares não deveriam ter direito às emendas, enquanto 38% apoiam esse mecanismo.

A percepção sobre as emendas varia significativamente entre as regiões do país. No Centro-Oeste e no Norte, 47% defendem o uso das emendas parlamentares, superando os 38% que são contra. Já no Nordeste, Sudeste e Sul, a rejeição é majoritária. O dado chama atenção especialmente porque o Centro-Oeste abriga a capital federal e diversas cidades beneficiadas com repasses diretos oriundos dessas emendas.

Já em relação ao Supremo Tribunal Federal, o índice de aprovação também é baixo. Apenas 41% dos brasileiros dizem aprovar o trabalho da Corte, enquanto 48% desaprovam. A divisão sobre o STF, no entanto, é fortemente marcada por questões ideológicas.

Entre os eleitores identificados com a esquerda, o apoio à atuação da Suprema Corte é expressivo: 71% dos eleitores lulistas e 71% dos eleitores de esquerda que não se identificam como lulistas aprovam o trabalho do STF. No grupo dos que não têm posicionamento político definido, 37% aprovam e 48% desaprovam. Já entre os direitistas não bolsonaristas, 75% desaprovam a atuação do tribunal, e entre os bolsonaristas, a desaprovação é de 71%.

A avaliação negativa da Corte também é predominante entre os eleitores de centro: 48% desaprovam, contra 37% que aprovam. A polarização política, intensificada desde os embates entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o STF, parece ainda influenciar fortemente a percepção pública sobre a instituição.

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