Lixão que desabou em Padre Bernardo é multado em R$ 37,5 milhões pela Semad

02 julho 2025 às 10h47

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O desmoronamento de mais de 42 mil metros cúbicos de resíduos sólidos no lixão de Padre Bernardo, ocorrido no último dia 18 de junho, resultou na aplicação de uma multa ambiental de R$ 37,5 milhões pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad). O auto de infração, lavrado na terça-feira, 1º, é o primeiro passo formal do governo estadual contra a empresa Ouro Verde, responsável pelo espaço, e ocorre após a conclusão da etapa inicial de avaliação técnica dos danos ambientais provocados pelo acidente.
A Semad agora mobiliza esforços adicionais para lidar com os impactos do deslizamento. Técnicos da secretaria trabalham na elaboração de documentação para contratação de mais maquinário, que atuará em conjunto com os equipamentos fornecidos pela prefeitura de Padre Bernardo. Essas máquinas irão remover os resíduos que cederam e irão auxiliar na reabertura de acessos no terreno, que foi afetado pela instabilidade da massa de lixo.
Desde o colapso da pilha de lixo, a Semad intensificou o monitoramento dos corpos hídricos da região, especialmente o córrego Santa Bárbara e o rio do Sal, ambos utilizados por agricultores e moradores rurais da cidade para irrigação e consumo. Como medida de precaução, a secretaria determinou a suspensão do uso da água desses mananciais até que a contaminação seja completamente eliminada.
A prefeitura, por sua vez, iniciou a distribuição de galões de 20 litros e de caminhões-pipa para abastecer as famílias afetadas.
As coletas de amostras de água foram realizadas no último domingo, 30, e segunda-feira, 1º, e, segundo a Semad, os materiais foram encaminhados para análise em Goiânia. Uma nova etapa de coleta está prevista para esta quinta-feira, 3, como parte da estratégia de avaliação contínua da qualidade da água na região.