Líder do DEM diz que decisão de anular o impeachment é “esdrúxula” e “inócua”
09 maio 2016 às 12h50

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Deputado Pauderney Avelino garantiu que oposicionistas não aceitarão decisão monocrática do presidente Waldir Maranhão

Líder do Democratas na Câmara Federal, Pauderney Avelino (AM) afirmou, nesta segunda-feira (9/5), que a decisão de anular a tramitação do impeachment tomada pelo presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) é “inócua”.
Para ele, o ato — que deve ser publicado no Diário Oficial nesta terça (10) — não tem valor jurídico, já que é um processo “imperfeito”: “Esse senhor não tem legitimidade para retroagir a decisão que foi tomada pelo plenário soberano da Câmara. Fere o direito dos 367 deputados que votarão favoráveis ao impeachment”.
A tese do DEM e dos partidos de oposição é que, como o processo já está no Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) pode “ignorar” a decisão de Maranhão. “O processo não está mais na Câmara. Renan pode nem receber a decisão esdrúxula”, completou ele durante entrevista à GloboNews.
Avelino fez questão de “tranquilizar” a população brasileira, garantindo que os advogados da oposição e os próprios líderes estão buscando maneiras de anular o ato do presidente interino. “Não vai prosperar”, arrematou.
Anulação
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), assinou, nesta segunda-feira (9/5), decisão para anular a tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.
Maranhão anulou as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). A informação é da presidência da Câmara.