Lama de barragem rompida atinge litoral do Espírito Santo
22 novembro 2015 às 12h57
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Na tentativa de salvar a vegetação na foz do rio Doce, ponto de desaguamento no mar, a Samarco instalou bóias de contenção às margens
A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, no último dia 5, deve chegar ao litoral do Espírito Santo a partir da noite de sábado (21) até a madrugada deste domingo (22), segundo informações da Defesa Civil e da mineradora. Devido ao período seco, um banco de areia formou-se e está impedindo a chegada da lama ao mar.
Máquinas da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, trabalham para desobstruir o caminho até o litoral no vilarejo de Regência, próximo à cidade de Linhares. A avaliação é que, caso a lama se dilua no mar, os danos serão menores do que se permanecer represada.
Em uma tentativa de salvar a vegetação na foz, ponto de desaguamento no mar, do rio Doce, a Samarco instalou bóias de contenção às margens. No entanto, não há certeza sobre a efetividade das bóias, já que tradicionalmente elas são usadas na contenção de vazamentos de óleo.
O trajeto da lama de rejeitos pelo rio Doce interrompeu o abastecimento de água em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. A situação mobilizou pessoas de vários pontos do país, que arrecadaram água potável para enviar para a região. Na segunda-feira (22), durante o jogo de futebol entre Fluminense e Avaí, na cidade capixaba de Cariacica, haverá mais um esforço de arrecadação.
Os torcedores que doarem dois litros de água mineral nas entradas do estádio terão direito a pagar metade do valor dos ingressos. A campanha está sendo organizada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES).