Julgamento de Bruno Henrique é suspenso após pedido de vistas
10 novembro 2025 às 19h09

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O julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por fraude esportiva, foi interrompido após pedido de vista de auditor do Pleno Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Antes do pedido de vistas, apenas um auditor votou pela absolvição do jogador. Restam ainda oito auditores para decidir se será mantida a condenação do jogador, acusado de ter forçado um cartão amarelo em partida contra o Santos e beneficiado em apostas.
Linha do tempo da investigação
Confira os principais marcos do caso que envolve suspeita de apostas irregulares e manipulação de cartão amarelo:
- 1º/11/2023: Bruno Henrique recebe cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo contra o Santos. Logo depois, é expulso.
- 29/07/2024: A Conmebol envia alerta à CBF sobre apostas suspeitas na partida.
- 01/08/2024: CBF aciona o Ministério Público do Rio de Janeiro, o STJD e a Comissão de Ética.
- 07/08/2024: Sportradar inicialmente não encontra irregularidades.
- 12/08/2024: Novo relatório da Sportradar aponta suspeitas.
- 03/09/2024: Conmebol envia mais informações sobre as apostas.
- 05/09/2024: Ministério da Justiça autoriza PF a investigar.
- 13/09/2024 a 26/09/2024: PF coleta dados e aponta ligação entre apostadores.
- 30/09/2024: STJD arquiva investigação alegando baixo lucro nas apostas.
- 08/10/2024 a 09/11/2024: Novas diligências são autorizadas e a defesa pede arquivamento.
- 01/04/2025: Bruno Henrique não comparece a depoimento virtual por compromissos com o Flamengo.
- 14/04/2025: PF conclui relatório e indicia Bruno Henrique e mais nove pessoas.
Quem são os indiciados no caso Bruno Henrique?
Além de Bruno Henrique, a Polícia Federal indiciou nove pessoas ligadas a dois núcleos de apostadores: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Arújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima).
Núcleo de apostadores com vínculos pessoais: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Douglas Ribeiro Pina Barcelos, Max Evangelista Amorim, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Henrique Mosquete do Nascimento (irmão de Claudinei) e Rafaela Cristina Elias Bassan (esposa de Claudinei).
Valor e lucro das apostas
O relatório da PF revelou que foram realizadas 14 apostas por esses envolvidos, totalizando R$ 5.642,58 apostados e R$ 17.007,01 de retorno, resultando em um lucro de R$ 11.364,43.
Apesar do lucro considerado pequeno, trocas de mensagens sugerem um esquema articulado e envolvimento de até quatro casas de apostas diferentes. Bruno Henrique e seu irmão foram indiciados por:
- Fraude esportiva (Art. 200 da Lei Geral do Esporte): pena de 2 a 6 anos de prisão e multa.
- Estelionato (Art. 171 do Código Penal): pena de 1 a 5 anos de prisão e multa.
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