Reportagem da Folha de S. Paulo explica que PGR tem “fortes elementos” contra os petistas 

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de posse dos novos Ministros de Estado Chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Justiça, Eugênio Aragão; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes e do Chefe de Gabinete Pessoal da Presidenta da República, Jaques Wagner | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de posse dos novos Ministros de Estado Chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Justiça, Eugênio Aragão; da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes e do Chefe de Gabinete Pessoal da Presidenta da República, Jaques Wagner | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A Procuradoria­-Geral da República pedirá abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a presidente Dilma Rousseff e o ex-­presidente Lula (ambos do PT). É o que informa a edição desta terça-feira (3/5) da Folha de S. Paulo.

Segundo investigadores, a ação mira ainda o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e até um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro.

A reportagem informa que o pedido tem como como base a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (­Sem partido-MS) e a suspeita de que Mercadante teria trabalhado para tenta evitar a delação do ex-petista, oferecendo ajuda financeira e lobby junto ao Supremo para que ele fosse libertado.

Os procuradores já considerariam que há “fortes elementos” contra Dilma que justificam um inquérito para identificar se ela atuou com o objetivo de obstruir as investigações do esquema de corrupção da Petrobras ou cometeu o crime de prevaricação.

A ação quer apurar ainda a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil. Há a suspeita de que Dilma teria tentado obstruir a Justiça quando o indicou em março deste ano.

O procurador-­geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF, segundo a Folha, que o ato caracterizou desvio de finalidade. Isso foi reforçado, segundo os procuradores, por interceptações telefônicas da Lava Jato de Lula que alcançaram telefonema com Dilma, no qual ela afirma que está mandando um termo de posse para seu antecessor utilizar em caso de necessidade.

A PGR sugere que, apesar da discussão em torno de que o grampo foi gravado após a Justiça mandar parar a interceptação, a prova seria legal.