Inquérito do caso da porteira chamada de “macaca” por morador de prédio será concluído dentro do prazo de 30 dias, diz delegado
22 abril 2021 às 14h33
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Vinícius Pereira deve ser indiciado pelos crimes de injúria racial e ameaça contra a porteira do condomínio em que ele mora no Jd. Goiás, em Goiânia
O morador Vinícius Pereira, que chamou a porteira de um prédio de alto padrão do Jardim Goiás de “macaca” e “chimpanzé” foi liberado do depoimento nesta quinta-feira, 22, a Polícia Civil. A defesa do homem, propôs ao delegado responsável pelo caso, Gil Fonseca Bathaus, que o interrogatório fosse feito por chamada de vídeo e adiantou que ele faria uso do seu direito de se manter em silêncio. Com isso, o investigador o liberou de depor.
O delegado informou que o inquérito será concluído em até 30 dias. O morador, Vinícius deve ser indiciado pelos crimes de injúria racial e ameaça contra a porteira do condomínio em que ele mora.
“Eu informei que não seria necessário interrogatório, bastava juntarem aos autos um documento em que eles informassem a decisão do investigado, assinado pelo investigado e advogados, entendo que não há problema nenhum, e o inquérito seria encerrado”, disse Gil Fonseca Bathaus.
Relembre o caso
No domingo, 18, Vinícius Pereira da Silva chegou ao edifício onde reside, no Jardim Goiás, em Goiânia, e, na porta da garagem, buzinou. Como a trabalhadora não identificou o morador, impediu que o mesmo entrasse com o carro até que se identificasse. Após o episódio Vinícius começou a destratá-la. Depois de adentrar ao condomínio, se dirigiu à portaria onde a trabalhadora estava e disparou: “Grava, macaca! Chimpanzé! Chipanga! Me escara, desgraça”, disse.
Em seguida, já no seu apartamento, Vinícius ligou na portaria e continuou a agredir e ameaçar a funcionária. Ao ser questionado sobre o porquê das ameaças, disparou: “Porque você não presta, desgraça. Você é uma merda, abaixo de zero”. Mesmo a funcionária não reagindo às grosserias, Vinícius Pereira continuou os ataques: “Vou meter minha arma na cintura e vou aí resolver”.