O teto dos gastos de 2022 chegará a R$ 1,61 trilhão. O aumento é de R$ 124 bilhões em comparação com 2021, quando foi R$ 1,486 trilhão. Essa é a maior alta desde que a regra foi criada, em 2016

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) terá, em ano eleitoral, a maior folga já vista no teto de gastos desde a criação da regra que limita o avanço das despesas à inflação, em 2016. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, o governo terá um salto de R$ 124 bilhões no teto de gastos em 2022.

O cálculo foi possível depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)) divulgou nesta quinta-feira, 08, a inflação de junho. O limite para o governo gastar é corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado de 12 meses até o mês. Foi de 8,35%, segundo o instituto.

O teto dos gastos de 2022 chegará a R$ 1,61 trilhão. O aumento é de R$ 124 bilhões em comparação com 2021, quando foi R$ 1,486 trilhão. Essa é a maior alta desde que a regra foi criada, em 2016.

Dependerá, porém, do curso da inflação até o final do ano. A estimativa da IFI é que o Índice Nacional de Preços ao consumidor (INPC) termine o ano aos 5,28%. Ele é utilizado para reajustar as aposentadorias, o salário mínimo e o teto do seguro desemprego.

A taxa chegou aos 9,22% no acumulado de 12 meses até junho. O mercado e a IFI apostam numa desaceleração do indicador.