Governo avalia punição a empresas por rompimento de barragens em Minas
12 novembro 2015 às 11h33
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Pelos cálculos do Ibama, 50 milhões de metros cúbicos de lama foram liberados no ecossistema, destruindo Bento Rodrigues. Sedimento atinge também o Espírito Santo
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse na quarta-feira (11) que o governo federal analisa eventuais punições às empresas responsáveis pelas duas barragens que romperam na última quinta-feira (5), em Mariana (MG). A barragem pertence à mineradora Samarco, controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton.
Izabella classificou o ocorrido como “catástrofe ambiental” e lembrou que “a responsabilidade ambiental é da empresa empreendedora”.
“Se couber aplicação de multa por parte da área federal, nós aplicaremos, seremos rígidos. Não tem essa história de achar que a pessoa não pune. Vai ter punição. Tem que, pela legislação brasileira, restaurar ambientalmente”, afirmou a ministra.
Pelos cálculos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 50 milhões de metros cúbicos de lama foram liberados no ecossistema com o rompimento das barragens. A onda de lama que se formou destruiu Bento Rodrigues e chegou ao Espírito Santo.
A avaliação sobre os impactos ambientais só poderá ser feita após a estabilidade da lama e a liberação das áreas pela Defesa Civil, de acordo com o ministério. “O momento agora é o de apoiarmos a população e mitigamos os efeitos do acidente para assegurar o abastecimento de água para a população local”.
A ministra Izabella Teixeira vai, na sexta-feira (12), a Mariana, para uma vistoria nos locais atingidos pelo rompimento das duas barragens. A presidente Dilma Rousseff (PT) também deve ir à cidade, mas o Palácio do Planalto ainda não confirmou a informação.