Governo avalia estudos e pode tomar decisão sobre horário de verão nesta quarta-feira
15 outubro 2024 às 15h53
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O retorno do horário de verão no Brasil em 2024 pode ser definido nesta quarta-feira, 16, com a expectativa de anúncio pelo Ministério de Minas e Energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar novos estudos sobre o impacto energético, especialmente em relação à economia e ao cenário hidrológico.
No final de setembro, o ONS já havia indicado a necessidade da medida, prevendo uma economia de R$ 400 milhões em 2024. A antecipação dos relógios beneficiaria o uso de fontes renováveis, como energia solar e eólica, além de diminuir a demanda máxima em até 2,9%.
“Isso que estou fazendo é serenidade, equilíbrio, diálogo, para que a gente só faça na imprescindibilidade, se não for imprescindível, vamos esperar o período chuvoso”, disse o ministro em entrevista a jornalistas.
Desde sua introdução em 1985, o horário de verão buscava reduzir o consumo de energia ao aproveitar mais a luz natural. No entanto, mudanças no comportamento social e no consumo energético enfraqueceram sua eficácia, levando à suspensão da prática em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A possível volta do horário de verão, agora em 2024, não se foca apenas na economia de energia, mas no melhor aproveitamento das fontes renováveis, como forma de reduzir o acionamento de termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Esse ajuste ajudaria a encaixar o consumo nos períodos de maior produção de energia solar e eólica, tornando o sistema mais eficiente e sustentável. Se adotado a partir de 2026, a economia pode crescer para R$ 1,8 bilhão ao ano, segundo estimativas.
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