Cotado à prefeitura em 2016, deputado federal eleito refuta especulações, mas garante que vai se dedicar: “vamos trabalhar em prol da cidade, independente do partido ou da gestão”

Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Quinto deputado federal eleito mais bem votado, Alexandre Baldy (PSDB) é um dos nomes da oposição à gestão do prefeito de Anápolis, João Gomes (PT), mais cotados para concorrer ao cargo de chefe do Executivo municipal em 2016. Em entrevista exclusiva, o ex-secretário estadual de Indústria e Comércio evitou falar sobre o cenário ainda longínquo, mas enalteceu que a oposição no município tem ganhado forças.

Aliada à esta realidade, ele também estabeleceu pontos que colocam em cheque a gestão do sucessor do ex-prefeito e ex-governadoriável Antônio Gomide (PT).

Caso o cenário especulado se concretize e Baldy saía mesmo como candidato em 2016, o tucano tem pela frente o desafio de quebrar a hegemonia do PT no município, que garantiu vitória do deputado federal Rubens Ottoni — irmão de Gomide — no último dia 5 de outubro.

Antônio Gomide, além de ter recebido nas eleições para prefeito em 2012, 88,93% dos votos, somou no pleito ao Governo de Goiás deste ano 56,41% dos votos da cidade.

Segundo Baldy, entretanto, Gomide deixou muito a desejar, caso seja levado em conta o saldo positivo deixado pelo ex-prefeito Pedro Sahium em 2008, quando o petista se elegeu pela primeira vez. “O Pedro ajustou a gestão municipal financeiramente. Fez uma gestão de equilíbrio. Quando ele [Gomide] chegou, a casa já estava organizada. Qualquer um que ganhasse encontraria uma situação financeira muito melhor. Então, tinha condições para investir. A verdade é que o Gomide fez muito pouco frente ao que ele poderia ter feito”, sustentou.

Para Baldy, os bons resultados de Gomide, tanto nas urnas quanto nas pesquisas de avaliação, não são reflexo da totalidade do sentimento dos anapolinos.

Ele conta que, andando pela cidade nos últimos anos e durante a campanha, tem encontrado muitas reclamações. “Quando você anda na cidade para falar com a população, a avaliação é muito ruim. A gente quando fala com as pessoas dos bairros mais humildes e eles estão insatisfeitos com a gestão. Ele construiu creche, mas não tem ninguém para trabalhar; construiu posto, mas não tem ninguém para operar, não tem médico para atender. Fizeram loteamento, mas muitos bairros estão sem asfalto. Esta é a demonstração clara que a gestão do Antônio foi de insucesso”, conclui.

O cenário decadente, no entanto, não desmotiva o jovem político, que anseia realizar com eficiência seu trabalho no Congresso Nacional em favor dos anapolinos. “Vamos trabalhar em prol da cidade, independente do partido ou da gestão que a gere”, pontuou.

Ainda sobre o cenário para 2016, Baldy pontua que este é o momento em que começam a surgir os nomes mais consistentes para o futuro pleito. É claro que não confirma nem rechaça a possibilidade de sair como candidato, mas sabe que tem capilaridade para tal.

Confira entrevista completa na versão impressa do Jornal Opção.