Goiás registra nova queda no número de desocupados a procura de trabalho

06 dezembro 2020 às 12h00

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Indicadores demonstram um retorno do Estado ao patamar de maio deste ano

O número de pessoas em Goiás que não procuram trabalho, mas gostariam de estar trabalhando voltou a apresentar queda. Segundo os levantamentos realizados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro de 2020. Segundo a pesquisa, 670 mil pessoas estiveram nesta condição, o que representa a terceira queda consecutiva e um retomo ao patamar de maio do mesmo ano.
Destas, 311 mil pessoas não ocupadas deixaram de procurar trabalho devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade, registrando o menor valor desde o início da pesquisa. Esse número representa também a terceira queda consecutiva do indicador.
Com isso, o Estado registra que a pandemia ou a falta de trabalho na localidade foram os motivos para 15,0% das pessoas que não procuraram trabalho, 7º menor percentual do país, ficando abaixo da
média nacional (19,9%).
Remuneração na pandemia
Outro dado apontado pelo levantamento diz que mais de 33 mil pessoas continuam sem receber remuneração devido ao afastamento do
trabalho durante a pandemia. Do total de 176 mil pessoas afastadas do trabalho no mês de outubro, 18,9%, ou seja, 33,3 mil pessoas, deixaram de receber remuneração.
Esse número também representa uma queda de 272 mil pessoas quando comparado ao mês de maio (305 mil) e de 15 mil pessoas na comparação com setembro (48 mil).
O indicador goiano também se mantém abaixo da média nacional que é de 19,2%. Com isso, o Estado figura na 11ª colocação com maior percentual de pessoas afastadas que deixaram de receber remuneração no País.
Informalidade
Desde o mês de maio, a Pnad Covid-19 investiga os índices de informalidade nas diferentes regiões do País. De acordo com os levantamentos, Goiás demonstrou novamente a menor taxa de informalidade no referente período. Ao todo, 1,2 milhão de pessoas encontram-se ocupadas no mercado informal.
Com isso, o último dado (38%) se mostrar similar ao indicador de setembro (37,5%), em nível nacional a pesquisa também demonstrou crescimento tímido entre setembro e outubro, 34,2% para 34,5%. Contudo, não atingiu o maior valor da série registrado no mês de junho 34,8%.
Maior ocupação
O IBGE mostrou também que Goiás registrou, em outubro, 3,17 milhões de pessoas ocupadas, aumento de 1,5% em relação a setembro (3,13 milhões), maior quantidade registrada na pesquisa até o momento. Com isso, o nível da ocupação no Estado alcançou 55,5% em outubro, também o maior patamar da pesquisa, e o 5º maior do país, figurando bem acima da média nacional de 49,3%.
Recebimento médio
O rendimento médio efetivo fechou em R$ 141 a menos do que o normalmente é recebido pelos trabalhadores. Vale lembrar que o recebido em Goiás no mês de outubro era de R$ 2.166. Contudo, o rendimento médio real efetivamente recebido no mês foi de R$ 2.024, ou seja, 93,5% do valor normalmente recebido.
Essa diferença vem em queda desde do início da série, uma vez que em maio era de R$ 439, junho de R$ 418, julho R$ 308, agosto R$ 221, setembro R$ 169, e chegando a R$ 141 em outubro.
Essa diferença entre os rendimentos efetivos e normalmente recebidos em Goiás foi menor que no âmbito nacional, R$ 151 (R$ 2.345 e R$ 2.194 respectivamente).
Quantidade de empréstimos
Por fim, a pesquisa mostrou que cerca de 10% dos domicílios goianos solicitaram empréstimos durante o período de pandemia. Segundo os dados levantados, 235 mil domicílios de Goiás solicitaram empréstimos durante o período da pandemia até outubro, o que representa 10,1% das residências no estado e um aumento de 11 mil domicílios em relação ao reportado em setembro.
Enquanto 197 mil desse total conseguiram empréstimo, outros 38 mil domicílios não foram atendidos em suas solicitações. A pesquisa ainda averiguou que 2,1 milhões de domicílios, ou 89,9% dos domicílios de Goiás, não solicitaram empréstimos até o mês de outubro.
Os bancos ou financeiras seguem como os locais mais procurados pelos solicitadores de empréstimo em Goiás. Em 140 mil domicílios, ou 71,3% do total, essas foram as fontes do empréstimo. Já em 24,5% dos casos, ou seja, 48 mil domicílios, as fontes foram parentes ou amigos.