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Notícias recentes informam possibilidade de um manifesto de independência em relação ao Governo

Foto: Divulgação

Segundo noticiado pelo Estadão, a bancada evangélica, grupo com 108 parlamentares, irá divulgar um manifesto de independência ao governo Jair Bolsonaro (PSL). Antes apoiadores e pilares da campanha do presidente, o grupo deverá se posicionar após eleição de novo líder da frente, que ocorre nas próximas semanas. O deputado federal goiano e membro da Frente Parlamentar Evangélica, Glaustin Fokus (PSC), nega.

“Eu faço parte da frente parlamentar e cada um responde pelo que entende”, diz ele sobre o divulgado na imprensa. Glaustin ainda pontou que não fala como porta-voz, mas que esse manifesto não é oficial. “Não tem nenhum desgaste com o presidente, só entre nós mesmos”, elucida.

O parlamentar acredita que não há maldade na dificuldade de agenda com o presidente, que é normal de início governo. “Até porque ele sabe o tamanho da responsabilidade que os evangélicos têm com ele”, alerta.

Segundo Glaustin, as reuniões que o grupo tem feito tem por objetivo formatar a frente, para não chegar desorganizado no presidente. “Chegamos, na quinta-feira, 14, a conclusão de que vamos recomeçar. A partir daí faremos um movimento e chamaremos o presidente. Demos um passo para trás para poder organizar”, revelou Glaustin que adiantou a possibilidade de ser vice-presidente da frente.

Histórico

De volta ao texto do Estadão, a queixa do grupo seria da falta de diálogo com o governo e de espaço na Esplanada. Inclusive, a última reunião teria sido durante a transição, em 18 de dezembro, quando o Bolsonaro recebeu alguns membros de forma individual.

O fato do presidente ter ignorado demandas evangélicas por ministérios teria dado início aos ruídos, conforme o veículo de comunicação. Recentemente, a exoneração de Pablo Tatim, ex-subchefe de Ações Governamentais, na sexta-feira, 8, também teria desagradado. Ele trabalhava com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Anteriormente, a bancada tinha decidido por votar junto ao governo em pautas relativas a temas de costume. Na última semana, via Twitter, o deputado Marco Feliciano (Podemos) disse que a comunicação estava péssima. Além disso, ele publicou que, “quando o governo resolve governar sozinho, se torna um gigante com pés de barros. O que adianta ter a estrutura que tem se o alicerce é frágil”.

Após essas publicações, o parlamentar foi escolhido como um dos vice-líderes do governo na Câmara Federal e mudou o discurso. “Talvez o manifesto não seja necessário”. Porém, os deputados da frente parlamentar evangélica ainda reclamam das dificuldades de agenda com ministros.