Ministério da Saúde anuncia que implante anticoncepcional será oferecido pelo SUS

04 julho 2025 às 12h56

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O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira, 4, que o implante contraceptivo Implanon será oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi tomada após parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a distribuição deve começar ainda no segundo semestre de 2025. “Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS”, disse.
A expectativa da pasta é distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil unidades apenas neste ano. O investimento estimado é de R$ 245 milhões. O dispositivo, que tem duração de até três anos e alta eficácia, custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada.
Segundo a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, a incorporação representa “um avanço nas ações de fortalecimento do planejamento sexual e reprodutivo no país”.
Como funciona o Implanon
Fabricado pela empresa Organon, o Implanon é um bastão pequeno e flexível que contém 68 mg de etonogestrel, um hormônio feminino liberado de forma contínua na corrente sanguínea. Ele é inserido sob a pele por um profissional capacitado e impede a liberação do óvulo, dificultando também a entrada dos espermatozoides.
Após os três anos, o implante deve ser retirado e pode ser substituído por outro, caso haja interesse. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Atualmente, entre os métodos de longa duração oferecidos pelo SUS, apenas o DIU de cobre está disponível. A inclusão do Implanon amplia as opções reversíveis e seguras de contracepção para a população, sem depender do uso diário ou periódico, como ocorre com anticoncepcionais orais ou injetáveis.
Além do DIU e, em breve, do Implanon, o SUS oferece preservativos, anticoncepcionais orais e injetáveis, além de laqueadura tubária e vasectomia. Apenas os preservativos protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).