Gayer pede orações e diz não saber motivo de operação da PF: ‘é um inquérito sigiloso’

25 outubro 2024 às 09h57

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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) usou as redes sociais para pedir orações ao afirmar que não sabe o motivo de ter tido o celular e os computadores apreendidos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira, 25. O parlamentar e assessores dele foram alvo de operação da corporação por suspeita de desviar recursos públicos de cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil.
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Os policiais chegaram à residência do político, em Goiânia, às 6h da manhã, segundo o próprio parlamentar, que diz não se envergonhar com a ação. Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Goiás e em Brasília, no Distrito Federal. Não há mandados de prisão nesta etapa da operação.
“[É] um inquérito sigiloso. O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, 24 de setembro. Está aqui, não dá pra saber nada, não dá pra ter nenhuma informação sobre o que se trata. Eu sei que alguns assessores meus também receberam a busca e apreensão. Um deles, inclusive, é um que trabalha com rede social, fazendo card e vídeo”, diz Gayer, enquanto mostra um documento.
Buscando justificar a operação, o deputado disse que a ação da PF é uma forma de “prejudicar” o candidato dele, Fred Rodrigues (PL), que disputa o segundo turno, em Goiânia, com Sandro Mabel (UB). Fred assumiu como candidato do PL após a desistência de Gayer, que chegou a se lançar como pré-candidato, mas recuou.
“Eu que nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime. Tô sendo tratado como criminoso pela nossa Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes (ministro do STF). Nunca pensei que eu fosse passar por uma coisa dessa. Ore por mim, ore pela minha família, mas o mais importante, ore pelo nosso país”, reforçou.
Operação
Policiais federais foram às ruas nesta sexta-feira, 25, para cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeitos de desviar recursos públicos de cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil. Os alvos são o deputado federal goiano, Gustavo Gayer (PL), além de seus assessores.
Gayer teve o celular e computadores apreendidos pela PF. Apenas na casa de um dos assessores a corporação entrou mais de R$ 70 mil em espécie. Até o início da manhã, a PF não havia divulgado detalhes sobre os envolvidos.
A corporação afirmou apenas que os recursos, de origem pública, eram utilizados para manter empreendimentos privados. Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A ação aconteceu em Cidade Ocidental, Valparaíso, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Brasília, no Distrito Federal. A PF informou que investiga inicialmente crimes de:
- associação criminosa;
- falsidade ideológica;
- falsificação de documento particular;
- peculato.
De acordo com a PF, as investigações identificaram uma ata falsificada nos documentos de criação da organização social. No quadro social da entidade, havia nomes de crianças com idades entre 1 e 9 anos.
