Estado-Maior das Forças Armadas da França anunciou que foram destruídos um centro de comando e um centro de treinamento. Bombardeios começaram na segunda-feira

François Hollande anunciou que a resposta seria “implacável” após os atentados de sexta-feira | Foto: Ministère de l’intérieur
Hollande anunciou que a resposta seria “implacável” após os atentados de sexta-feira | Foto: Ministère de l’intérieur

A aviação francesa bombardeou novamente o principal reduto do grupo extremista Estado Islâmico no Norte da Síria, destruindo um centro de comando e um centro de treinamento, anunciou o Estado-Maior das Forças Armadas da França.

“As Forças Armadas francesas fizeram, pela segunda vez no espaço de 24 horas, um ataque aéreo contra o Daech [nome do Estado Islâmico em árabe] em Raqa, na Síria”, informou o Estado-Maior, em comunicado.

A aviação francesa já tinha feito, na madrugada dessa segunda-feira (16/11), bombardeios contra a cidade de Raqa, em resposta aos atentados terroristas em Paris na sexta-feira, em que morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 400 ficaram feridas.

O ataque foi realizado por “dez aviões caça – Rafale e Mirage 2000 –, a partir dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia”. Eles lançaram 16 bombas, numa missão semelhante à que foi feita na madrugada de ontem.

“Os dois alvos foram atacados e destruídos simultâneamente”, acrescenta o texto.

“Conduzido em coordenação com as forças norte-americanas, o ataque teve como alvo locais identificados durante missões de reconhecimento previamente feitas pela França”, segundo o texto.

O presidente francês, François Hollande, anunciou que a resposta seria “implacável” após os atentados de sexta-feira, os mais sangrentos cometidos no país.

Os atentados de Paris foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Desde os atentados, os Estados Unidos e a França decidiram aumentar as trocas de reconhecimento sobre potenciais alvos.

A França vai intensificar as operações contra o Estado Islâmico na Síria, graças às informações obtidas e ao deslocamento do porta-aviões Charles de Gaulle, que vai triplicar a capacidade de ataques.