Governador Geraldo Alckmin: 54% das intenções de voto em SP | Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Governador Geraldo Alckmin: 54% das intenções de voto em SP | Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ex-presidente Lula reuniu 3 mil militantes do PT num co­mício em São Paulo, o primeiro da temporada, em defesa do candidato que criou para retirar os tucanos dos 20 anos de poder no Estado, o ex-ministro Alexandre Pa­dilha, que subiu um ponto nas duas últimas pesquisas do Data­fo­lha. Foi de 3% para 4.

A reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ameaça o sonho de Lula. Com 54%, pode se eleger no primeiro turno. A aprovação paulista ao governo tucano subiu de 41% para 46. Em segundo, o empresário Paulo Skaf tem 16%. Em rejeição, Padilha vence. Tem 26%, contra 20 de Skaf e 19 de Alckmin.

Em cima de um carro de som, Lula tentou erguer o moral de Padilha dizendo não acreditar em pesquisas, sem se referir às presidenciais deste ano. “Na eleição de 2012 para prefeito de São Paulo, exatamente em julho como agora com Padilha, Haddad tinha três por cento e venceu a eleição”, referiu-se a Fernando Haddad, outra criação dele.

Mencionou uma pesquisa presidencial, mas de 1989, quando tentou pela primeira vez ser presidente. “O Gallup dava, em setembro, que eu tinha 5,57 por cento e eu fui para o segundo turno com mais de 15 por cento”, recordou um antigo instituto de pesquisas no mês anterior à eleição.

Lula desafiou os tucanos a discutir corrupção. “Temos que debater a corrupção neste país”, reclamou. “Eu desafio que eles entrem nessa discussão. No nosso tempo, só tinha uma forma do (sic) cidadão não ser denunciado: se fosse honesto. No tempo deles, havia um tapete grande para onde se jogava a sujeira para debaixo dele.”

O ex-presidente reconheceu que as acusações de corrupção abatem os petistas. “Eles dizem que o PT é corrupto e às vezes andamos de cabeça baixa por isso. Mas nós não construímos o PT para isso. Esse é um tema que estou disposto a discutir nesta campanha”, prometeu.

A imprensa mereceu uma investida de Lula. “Eu vou dar um conselho para você”, olhou para Haddad, ao lado. “Não fique esperando que a ‘Folha de S. Paulo’ fale bem de você. Não fique esperando que o “Estadão” fale bem de você. Quem tem de falar bem do seu governo é você, de divulgar as coisas que a prefeitura faz”, reclamou ação do prefeito.

Lula deu um exemplo da impopularidade de Haddad. “Você liga a televisão e todo dia você apanha às oito da manhã. Você apanha às três da tarde, às sete da noite. Às seis da manhã você já está apanhando”, pediu providência ao prefeito que se esquiva de atos públicos para não receber críticas.