Evacuação sem corredor humanitário apavora brasileiros na Faixa de Gaza
13 outubro 2023 às 15h35
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O grupo de brasileiros abrigados em uma escola na cidade de Gaza temem deixar o local antes da abertura de um corredor humanitário. Na quinta-feira, 12, o Exército de Israel emitiu um comunicado estipulando um prazo de 24h para que os palestinos deixem a Cidade de Gaza. O prazo se encerra as 18h desta sexta-feira, 13, e pode atingir mais de 1,1 milhão de habitantes.
A brasileira Shaed Albanna, 18 anos, disse, em entrevista à Agência Brasil que cerca de 30 pessoas estão na escola que abriga os brasileiros. Do grupo de 22 pessoas que pediram evacuação (dez crianças, sete mulheres e cinco homens), 10 são brasileiros que pediram repatriação.
Segundo o Itamaraty, doze brasileiros aguardam socorro fora da escola, na cidade de Khan Younes, no sul do País.
Shaed nasceu no Brasil e foi para Gaza com a irmã para visitar a mãe que estava doente e faleceu de câncer. Acompanhadas pela avó, ela conta que a escola não é mais um lugar seguro e que “israelenses estão entrando pelo País, todo mundo está saindo fugindo”. “Eu não quero morrer”.
OMS pede mais tempo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para a ordem de evacuação seja revista porque não há tempo hábil para retirar todo mundo e teme a escalada da crise humanitária.
“Como é que 1,1 milhões de pessoas poderão atravessar uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas? Estremeço ao pensar quais seriam as consequências humanitárias da ordem de evacuação”, afirmou Martin Griffiths, Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência.
Ontem, 12, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente de Israel, Issac Herzog, e apelou para que seja aberto um corredor humanitário que permite às pessoas saírem da Faixa de Gaza.
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