“Eu fiz o que me foi autorizado”, diz o presidente Nacional do Patriota
03 junho 2021 às 14h12
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Segundo Adilson Barroso, não houve nenhuma irregularidade na convenção partidária para que o chefe do Executivo possa integrar a sigla
O presidente Nacional do Patriota, Adilson Barroso, disse que o presidente Jair Bolsonaro pediu de 10 a 15 dias para organizar a possibilidade da sua filiação para a legenda. Em entrevista ao Jornal Opção, ele falou que o convite foi feito na terça-feira, 1º, no Palácio do Planalto, depois que o senador e filho do chefe do Executivo, Flávio Bolsonaro confirmou sua filiação ao partido. E disse que a maioria dos integrantes defende a entrada de Bolsonaro na sigla e que ao fazer o convite agiu dentro das regras do Estatuto do Partido, que segundo lembrou foi aprovado por unanimidade.
“O presidente para vir para o partido tem que ser um partido democrático e não um partido de qualquer jeito. Fui lá com o senador do Patriota, Flávio Bolsonaro, sentamos com o presidente e fiz o convite. Ele disse que vai sentar com a equipe dele, os aliados dele e isso deve acontecer entre 10 a 15 dias e depois me daria uma resposta”, explica.
O presidente nacional do Patriota voltou a reforçar que a escolha foi inteiramente democrática. “Vence a maioria democraticamente. O regime democrático Patriota que vence. Todos foram unanimes, daqueles que votaram, porque os outros fugiram até de assinar a lista de presença. A unanimidade escolheu esse caminho”, pontua.
Polêmica e ação no TSE
A ida de Bolsonaro para o Patriota gerou certa polêmica e se tornou ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a convenção, que teria sido realizada, de onde surgiu a possibilidade de filiação da família Bolsonaro. O presidente goiano da sigla, Jorcelino Braga, e outros membros, não teriam aprovado.
Braga chegou a dizer que o presidente nacional, Adilson Barroso, estaria cometendo uma série de irregularidades ao filiar o presidente. Segundo ele, Barroso teria alterado e incluído integrantes na convenção do partido com direito a voto para garantir a aprovação do novo estatuto.
Já o presidente nacional do partido, Adilson Barroso rebate. “A gente não pode fazer nada do que não se manda o estatuto do partido. O estatuto aprovado por maioria dando os poderes que você tem. No caso do estatuto do Patriota que me dá toda autoridade, foi aprovado por unanimidade por eles, pelos que falam contra agora”, disse.
“Eles tomaram o partido e não deixaram o presidente vir para o Patriota, isso não é democracia. O que eles falam que eu fiz, foi daquilo que eles me autorizaram por unanimidade e aprovado pelos ministros. E tanta gente aprovando não pode vir falar que eu fiz coisas que não está escrito na Carta Magna, que é o estatuto”, completa Barroso.
Estatuto homologado
O presidente do Patriota explica que o estatuto registrado autoriza e dá plenos poderes. “Isso já estava previsto em estatuto, homologado pelo TSE e depois disso ainda tem um segundo estatuto que está em andamento lá que foi aprovado em junho 2019, por unanimidade pelo Braga e por todos eles. Foi aprovado outro estatuto e que está registrado em cartório que autoriza a convenção. É o último estatuto que dá personalidade jurídica ao partido que está registrado em cartório”.
“Eu fiz o que me foi autorizado. Esse estatuto não se fala dele para essa convenção, ele foi aprovado para as futuras. Eu fiz um estatuto dando autoridade para todo presidente estadual do partido possa votar, dando mais autoridade para membros filiados ao Patriota. Fiz para não deixar o presidente na mão daqueles que quer ele e que no fundo pode negociá-lo. O presidente não viria para o partido jamais se não tivesse essa democracia. Fiz a convenção autorizada por escrito”, conclui Adilson Barroso.