Estudo em rede de esgoto pode ajudar a compreender circulação de coronavírus
28 abril 2020 às 17h27
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Estudo inédito no Brasil pela Fiocruz pretende compreender como vírus se espalha, e pode ajudar a desenvolver medidas de prevenção localizadas
Com objetivo de monitorar a disseminação do novo coronavírus na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a prefeitura de Niterói e a concessionária Águas de Niterói, iniciou uma pesquisa por esgotos da cidade. O estudo inédito no Brasil irá reconhecer fragmentos genéticos do vírus por meio de fezes de pessoas infectadas lançadas na rede de esgoto. Serão 12 pontos de Niterói monitorados durante pelo menos quatro semanas.
O acompanhamento só é possível em cidades onde parcela significativa da população é atendida pela rede coletora e onde a operadora do serviço tenha controle do sistema. Em Niterói, a rede atende 95% da população.
Em cinco dos 12 pontos estudados foi confirmada a presença do microorganismo, sendo quatro deles apenas em Icaraí. Também foram estudados os bairros de Jurujuba, Camboinhas, Maravista e Sapê, e as comunidades Palácio, Cavalão, Preventório, Vila Ipiranga, Caramujo, Maceió e Boa Esperança.
Pesquisadores acreditam que o estudo irá permitir o entendimento da circulação do vírus em uma determinada área, já que há amostras também em fezes de pessoas assintomáticas. Com isso, as autoridades poderão otimizar recursos e fortalecer medidas de prevenção de maneira localizada.