Estudo aponta que Coronavac teve efetividade de 73,8% entre profissionais de saúde do HC em São Paulo
07 abril 2021 às 15h08
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Análise levou em consideração os casos registrados entre os mais de 20 mil funcionários do complexo duas semanas após todos receberem as duas doses do imunizante e os casos cinco semanas após a vacinação
Estudo divulgado nesta quarta-feira, 7, pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) aponta efetividade de 50,7% da vacina Coronavac, após a aplicação das doses em seus profissionais de saúde.
Análise foi feita sobre os casos registrados entre os mais de 20 mil funcionários do complexo de duas a cinco semanas após todos receberem duas doses do imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo o instituto, a vacinação completa com a CoronaVac ocorre duas semanas após da aplicação da segunda dose.
Quando a vacinação no HC teve início, na terceira semana de janeiro foram registrados 51 casos da doença entre funcionários. Depois, na última semana de março, após a conclusão da vacinação, 46 casos foram confirmados.
Segundo a pesquisa, se a incidência de casos de Covid-19 no Hospital das Clínicas fosse a mesma que ocorreu na cidade de São Paulo, o número de casos confirmados entre os funcionários seria de 175 ocorrências de Covid-19 por semana no final de março.
Antes da vacinação
A pesquisa revelou que antes da vacinação em massa de funcionários do hospital, a incidência de casos de coronavírus no HC era similar à incidência geral da doença na população da capital.Duas semanas após a aplicação da segunda dose, os funcionários do Hospital das Clínicas tiveram 50,7% menos casos confirmados do que a taxa média de novos casos. Com cinco semanas após a vacinação completa, o número de novos casos de coronavírus no HC foi 73,8% menor do que da população de São Paulo.
A pesquisa avaliou ainda a ocorrência das variantes pela. Dentre 142 amostras analisadas aleatoriamente, 67 foram identificadas como variantes, das quais 57 do Amazonas (P1), 5 do Reino Unido (B.1.1.7) e outras 5 que não puderam ser identificadas pelos métodos utilizados no estudo. (Com informações da coluna da Monica Bergamo, da Folha de São Paulo).