Equatorial: saiba mais sobre empresa que comprou a Enel Goiás por R$1,6 bilhão

23 setembro 2022 às 09h50

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A Equatorial Energia fechou a compra da distribuidora de Celg-D, da Enel, pagando R$ 1,58 bilhão e assumindo dívida de R$5,7 bilhões, de acordo com fato relevante publicado nesta sexta-feira, 23. Mas são poucos os goianos que já ouviram falar da empresa que, agora, passa a ser a responsável pela distribuição de energia elétrica no Estado.
De acordo com a divulgação do histórico e atuação da própria empresa, é possível conhecer um pouco mais sobre a nova distribuidora de energia dos goianos. Leia:
A Equatorial Energia é o 3º maior grupo de distribuição do país em número de clientes. Fundada em 1999, a Companhia avançou na consolidação do setor de distribuição de energia no Brasil e atualmente opera 6 concessionárias, nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá, atendendo cerca de 10 milhões de clientes nessas regiões. A Companhia também atua no setor de Transmissão e recentemente, entrou no setor de Saneamento, se tornando a primeira empresa multi-utilities do país, além de adquirir 100% das ações da Echoenergia S.A., iniciando capítulo no setor de Renováveis e tornando-se efetivamente um player de atuação integrada no segmento de energia.
• Distribuição de energia: através das empresas Equatorial Maranhão, Equatorial Pará, Equatorial Piauí, Equatorial Alagoas, CEEE-D (RS) e CEA (AP), cobrindo 24% do território nacional e atendendo cerca de 10 milhões de clientes;
• Transmissão: 9 ativos operacionais e mais de 3,2 mil km de linhas, totalizando mais de R$ 1,3 bilhão de RAP;
• Renováveis: através da Echoenergia, com 10 parques operacionais totalizando 1.2 GW de capacidade instalada, e outros 1.2 GW adicionais em projetos;
• Geração Distribuída: através da E-nova, com forte presença no estado do Maranhão;
• Saneamento: da Companhia de Saneamento do Amapá (em fase operacional desde 12 de julho de 2022), servindo mais de 800 mil pessoas;
• Comercialização de energia: através da Solenergias;
• Telecomunicações: através da Equatorial Telecom, com mais de 4,5 mil km de rede; e
• Serviços: através da Equatorial Serviços, prestando atividades de apoio aos demais negócios do grupo.
A Equatorial Maranhão é uma empresa de distribuição e única concessionária do Estado do Maranhão, com área de atuação de 332 mil km², quase 4% do território brasileiro, abrangendo cerca de 7 milhões de habitantes, ou seja, 3,4% da população brasileira. Atendendo acerca de 2,5 milhões de consumidores nos 217 municípios que compõem o Estado do Maranhão, a Equatorial Maranhão, em 2021, somou ao seu mercado 34 mil novos consumidores, um aumento de 1,3% em relação a 2020, e distribuiu 7.088 GWh.
A Equatorial Pará é uma empresa de distribuição e única concessionária do Estado do Pará. Controlada pela Equatorial Energia desde novembro de 2012, com área de atuação de 1.248 mil km², cerca de 14,7% do território brasileiro, que abrange 8,2 milhões de habitantes, 4% da população do país. A Equatorial Pará possui 2,6 milhões de clientes em 144 municípios. A distribuição de energia, em 2021, foi de 13.311 GWh, isto é, 529 GWh a mais na comparação com 2020.
A Equatorial Piauí distribuidora de energia e única concessionária a cobrir todo o Estado do Piauí, cujo controle acionário foi adquirido em outubro de 2018. Possui área de atuação de 251 mil km², quase 3% do território nacional, e atende acerca de 1,3 milhão de consumidores em 224 municípios. A distribuição de energia de janeiro a dezembro de 2021 foi de 3.955 GWh, contra 3.693 GWh em 2020, representando um crescimento no volume de energia consumida de 7,1%.
Em Alagoas, a Equatorial adquiriu o controle acionário da Equatorial Alagoas em março de 2019. Atende acerca de 1,2 milhão de consumidores em 102 municípios do Estado em uma área de concessão de 27.848 km², contando com mais de 42 mil quilômetros de linhas e redes de distribuição. A energia distribuída cresceu 3,4% na comparação de 2021 com 2020.
A Companhia de Energia do Amapá (CEA) atende a uma população de cerca de 845 mil habitantes, a CEA leva energia a 209 mil unidades consumidoras dos 16 municípios do Estado do Amapá. O Grupo Equatorial foi o vencedor do leilão realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 25 de junho de 2021 para a privatização da Companhia. O controle foi assumido em novembro do mesmo ano, quando foi colocado em ação um plano de 100 dias para atendimento às cidades da área de concessão.
Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-D), a Equatorial Energia venceu, no dia 31 de março de 2021, o leilão que a definiu como a nova controladora da CEEE-D, distribuidora de energia que atende a 72 municípios do Estado do Rio Grande do Sul. A distribuição de energia no ano foi de 7.804 GWh, o que corresponde a 55 GWh a mais na comparação com 2020.
O Grupo Equatorial ingressou no segmento de transmissão em 2016, com a aquisição de oito lotes leiloados que deram origem à Equatorial Transmissão. São oito projetos de construção e operação de linhas de transmissão e subestações, que começaram a entrar em operação em 2019 e percorrem cerca de 2,5 mil km. A Receita Anual Permitida (RAP) do total dos lotes arrematados pela Companhia soma pouco mais de R$ 1,3 bilhão em valores de agosto de 2022. Além dessas linhas de transmissão, a Equatorial detém 100% do capital total e votante da Intesa, linha operacional com aproximadamente R$ 186 milhões de RAP em 2021.
Intesa, em 2018 a Equatorial Energia adquiriu a totalidade das ações de propriedade da Eletrobrás, tornando-se proprietária da INTESA – Integração Transmissora de Energia S.A. e assumindo, portanto, a responsabilidade de gerenciar e cumprir com os marcos contratuais de operação e manutenção das instalações de transmissão e subestações associadas a – LT 500 kV Interligação Norte – Sul III – Lote B, localizadas nos Estados do Tocantins e Goiás. A data de início da operação comercial do empreendimento foi 30 de maio de 2008. Em 2021 a RAP foi de R$186 milhões de reais
No segmento de geração, a Equatorial possui o controle acionário da Enova Instalação e Manutenção, empresa de geração distribuída com atuação no nordeste do país. Atualmente, a Enova é a maior empresa de geração distribuída do Maranhão, a única do Estado que possui o Selo Esmeralda do Portal Solar, e é membro do G5 Solar. Também foi o epcista do projeto piloto de Coroatá.
Em fevereiro de 2022 a Equatorial Energia deu um importante passo para a diversificação de seus negócios e concluiu a aquisição da Echoenergia. O negócio está em linha com o objetivo estratégico da Equatorial de aproveitar as oportunidades de crescimento com a abertura do mercado livre, transição energética, de investir mais em energias renováveis e de gerar valor para os acionistas da companhia, com foco na eficiência financeira.
A Echoenergia conta com 1,2 GW de capacidade de geração eólica, com 12 parques instalados. Além disso, está bem posicionada para crescer nos próximos anos, com projetos já praticamente prontos para dar a partida na construção de empreendimentos – a maior parte deles de geração solar, sedo cinco ao todo.
A Equatorial Energia atua também no setor de saneamento por meio da Companhia de Saneamento do Amapá (CSA), Sociedade de Propósito Específico controlada pela Equatorial em conjunto com a SAM Ambiental.
A empresa também está presente no setor telecomunicações através da Equatorial Telecom, empresa de telecomunicações de fibra óptica e serviço seguro de telefonia, que atualmente atende aos serviços de 0800 das agências e ouvidoria do Grupo Equatorial. E por fim, a Equatorial Serviços, uma empresa com soluções para o mercado, atuando nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas e Rio Grande do Sul, nos segmentos de call center, vendas, atividades backoffice e demais soluções para os clientes.
Histórico
1999-2000 – Brisk Participações
A Equatorial Energia S.A. (anteriormente denominada Brisk Participações S.A.) (“Companhia”) foi constituída em 16 de junho de 1999 pela PPL Global LLC., inicialmente, para participar do leilão de privatização da Companhia Energética do Maranhão (“CEMAR”), conforme abaixo descrito. A Companhia tem por objeto social a participação no capital social de outras sociedades, consórcios e empreendimentos que atuem no setor de energia elétrica ou em atividades correlatas.
A CEMAR foi privatizada em 15 de junho de 2000 no âmbito do Programa Nacional de Desestatização do Governo Brasileiro (“PND”), tendo sido adquirida pela Companhia que, na ocasião, era uma sociedade controlada indiretamente pela PPL Global LLC.
2004 – Surgimento da Equatorial Energia
A Equatorial Maranhão (Antiga CEMAR) foi criada em 1958 com o propósito de distribuir energia elétrica em todo o Estado do Maranhão. A partir de 2001, a Equatorial Maranhão passou a apresentar problemas econômico-financeiros, colocando em risco a adequada prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica no Estado do Maranhão. Em 21 de agosto de 2002, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (“ANEEL”) determinou a intervenção administrativa na CEMAR por 180 dias, prorrogada até 3 de maio de 2004.
A ANEEL coordenou o processo de alienação do controle acionário da Equatorial Maranhão como parte do processo de reestruturação da mesma. Entre outubro de 2002 e abril de 2004, a GP Investimentos Ltda. (“GP Investimentos”) negociou com os principais credores da Equatorial Maranhão, incluindo Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás (“Eletrobrás”) e Eletronorte – Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., o plano de reestruturação da Equatorial Maranhão, que incluía a capitalização e a renegociação de suas dívidas. Esse plano de reestruturação foi aprovado pela ANEEL em 2 de fevereiro de 2004 e foi implementado em 30 de abril de 2004, quando a GP Investimentos adquiriu o controle da Companhia.
2005 – Chegada da PCP ao capital
No segundo trimestre de 2005, a GP Investimentos iniciou as negociações com o PCP Latin America Power Fund Ltd., um fundo de private equity pertencente a ex-sócios do Banco Pactual S.A., para investimentos na Companhia. Em 6 de março de 2006, a ANEEL aprovou a implementação do plano de reestruturação societária proposto pela GP Investimentos, envolvendo a Companhia e a Equatorial Maranhão, permitindo a venda das ações representando 46,25% do capital social total e de 50% do capital social votante da Companhia para o PCP Latin America Power Fund Ltd.
2006 – IPO
Em 30 de março de 2006, ocorreu a listagem das ações da Companhia na B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão (“B3”). Após a oferta de ações, o free float da empresa alcançou 56,8% do seu capital social total.
2007 – PCP consolida o controle acionário
Em 5 de novembro de 2007, a Companhia apresentou ao mercado um plano de reestruturação que contemplava 3 etapas. A primeira delas estava relacionada à transação entre GP Investimentos e o PCP Latin America Power Fund Ltd., e propunha a transferência ao PCP Latin America Power Fund da totalidade das ações detidas pela GP Investimentos na Equatorial Energia Holdings LLC, que controlava indiretamente a Companhia.
Tal transferência foi aprovada pela ANEEL em 18 de dezembro de 2007 e concluída em 21 de dezembro do mesmo ano. Essa concentração eliminou as restrições geográficas na estratégia de crescimento da Companhia, que antes se limitava às regiões norte, nordeste e centro-oeste do Brasil, passando então a abranger todo território nacional e a América Latina.
2008 – Incorporação da participação na Light
A segunda etapa do plano de reestruturação tratava da incorporação, pela Companhia, da PCP Energia Participações S.A., aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 12 de fevereiro de 2008. Com a incorporação, a Companhia passou a deter participação indireta de 13,0% na Light S.A., por meio da RME – Rio Minas Energia Participações S.A. (“RME”) e, através de acordo de acionistas, passou a compartilhar o controle da Light S.A. com a concentração do controle e a incorporação da PCP Energia Participações S.A., a PCP Latin American Power Fund Ltd. passou a consolidar na Companhia seus investimentos no setor de energia.
Adesão ao Novo Mercado
A última etapa, concluída no dia 23 de abril de 2008, efetivou a migração dos papéis da Companhia do nível 2 de governança corporativa da B3 para o segmento Novo Mercado, visando a aderência às melhores práticas de governança e demonstrando seu compromisso com a transparência na relação com seus investidores e acionistas. Com isso, as ações deixaram de ser negociadas sob a forma de Units e passam a ser negociadas sob o código EQTL3.
No dia 10 de julho de 2008, os controladores da Companhia realizaram uma reestruturação societária que consistiu na liquidação sucessiva das seguintes sociedades: (i) PCP Power LLC; (ii) PCP Latin America Power Fund Limited; (iii) Equatorial Energia Holdings LLC; e (iv) Brasil Energia I LLC. A movimentação societária referida não causou qualquer modificação no controle acionário da Companhia, tendo em vista que a PCP Latin America Power S.A., que já detinha de forma indireta participação de 55,5% na Companhia, manteve o referido percentual de participação, de forma direta. As ações em circulação da Companhia permaneceram representando 44,5% do total do capital social da Companhia.
Investimento na Geramar
Em outubro de 2008, a Companhia concluiu a aquisição de 25% do controle da Geradora de Energia do Norte S.A. (“Geramar”). O consórcio que detém o controle da Geramar é composto pela Companhia (25%), Fundo de Investimentos em Participações Brasil Energia (25%) e GNP S.A. (50%). A GNP S.A., por sua vez, é composta pela Servtec Investimentos e Participações Ltda. (50%) e Companhia Ligna de Investimentos (50%). O controle da Geramar é compartilhado e regido por Acordo de Acionistas.
A Geramar é a sociedade responsável pela implantação e operação das usinas termoelétricas de Geramar I (Tocantinópolis) e de Geramar II (Nova Olinda), no município de Miranda do Norte, Estado do Maranhão, com capacidade instalada conjunta de 332 MW, as quais fornecem energia para o Sistema Interligado Nacional. A autorização para construção e operação das usinas foi obtida por meio do Leilão A-3, realizado em julho de 2007. Nesse leilão, foram vendidos 240 MW (120 MW de cada usina), garantindo uma receita anual fixa total de aproximadamente R$136,2 milhões (aproximadamente R$68,1 milhões para cada usina) em valores de 2007, ajustada anualmente pelo IPCA. As usinas entraram em operação comercial em fevereiro de 2010.
2009 – Alienação da Participação na Light
Em dezembro de 2009, a RME, holding controladora da Light S.A. foi cindida em 3 partes, sendo que parte das ações da Light S.A. pertencentes à RME foram transferidas à CEMIG, Andrade Gutierrez Concessões S.A. e Luce Empreendimentos e Participações S.A. (sociedade controlada por Luce Brasil Fundo de Investimentos em Participações), todas detentoras, direta ou indiretamente, de participação acionária na RME. A Companhia permaneceu como única acionista da RME, cuja participação na Light S.A. passou a ser de 13,03%.
Ainda em dezembro de 2009, a Companhia anunciou que o Fundo de Investimento em Participações PCP (“FIP PCP”), controlador da PCP Latin America Power S.A., celebrou Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças com a CEMIG, visando alienar sua participação indireta na Light S.A. Como parte da operação, a Companhia passou por uma cisão parcial em 29 abril de 2010, na qual sua participação na RME foi cindida para uma nova companhia constituída especialmente para este fim, a Redentor Energia S.A. (“Redentor Energia”), que foi registrada como companhia aberta e listada no Novo Mercado da B3, sob o código RDTR3. A Companhia permaneceu com suas participações na CEMAR, Geramar e 55 Soluções S.A. (“55 Soluções”). No processo de cisão, cada acionista da Companhia recebeu 1 (uma) ação da Redentor Energia para cada ação que detinha na Companhia.
2011 – Cisão da Equatorial
Em maio de 2011, o FIP PCP alienou sua participação na Redentor Energia para a Parati S.A. (“Parati”), sociedade detida por CEMIG e Redentor FIP (“FIP Redentor”), por valor equivalente a aproximadamente R$6,87 por ação. Posteriormente, a Parati realizou uma oferta pública para aquisição da participação dos acionistas minoritários da Redentor Energia.
Investimento na Sol Energias
Em novembro de 2011, a Equatorial Energia ampliou seu campo de atuação a partir da aquisição indireta, através de sua subsidiária integral 55 Soluções, de 51% do capital da Sol Energias Comercializadora de Energia S.A. (“Sol Energias”). A Sol Energias é uma empresa comercializadora de energia elétrica, autorizada pela ANEEL e Agente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.
2012 – Aquisição da Equatorial Pará
Em 25 de setembro de 2012, no contexto do Plano de Recuperação Judicial da Equatorial Pará (Antiga Centrais Elétricas do Pará S.A. – CELPA), a Companhia assinou com os controladores da Equatorial Pará um Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças (“Contrato de Compra e Venda”). A consumação da aquisição ocorreu em 01 de novembro de 2012, ocasião em que a Equatorial Pará passou a ser uma controlada da Companhia.
Follow on da Equatorial
Ainda em dezembro de 2012, a Equatorial concluiu sua operação de aumento de capital (follow on) na qual obteve uma captação líquida de R$1,1 bilhão de recursos líquidos através da emissão de novas ações precificadas a R$16,00 cada. Com isso, as ações em circulação da Companhia passaram a representa 77% do seu capital total.
2015 – Pulverização do capital
No 1º semestre de 2015, após duas operações no mercado acionário, as ações em circulação da Companhia passaram a ser de 100% e seu principal acionista passou a ser a Squadra Investimentos, com aproximadamente 15% do capital.
Em 16 de junho de 2015, o Conselho de Administração da Equatorial Pará homologou seu Aumento de Capital, através do qual a Equatorial passou a deter 96,5% do seu capital total.
2016-2017 – Ingresso no segmento de Transmissão
Em outubro de 2016 e abril de 2017, a Companhia ingressou no segmento de transmissão, quando participou dos leilões realizados pela ANEEL e venceu a disputa por 8 lotes, para construção de aproximadamente 2,5 mil quilômetros de linhas de transmissão que cobrirão os estados do Pará, Piauí, Bahia e Minas Gerais. A Receita Anual Permitida destes projetos soma R$850 milhões (valores de outubro de 2016), corrigidas à inflação e o Investimento total estimado pela ANEEL é de R$4,6 bilhões. A data prevista pelo Edital para entrada em operação destas linhas é fevereiro e agosto de 2022.
Em agosto de 2017, a Companhia adquiriu 51% do capital total da Integração Transmissora de Energia S. A. (“Intesa”), linha de transmissão operacional de 695 km, atravessando os Estados do Tocantins e Goiás.
2018 – Investimento na Equatorial Piauí e na Equatorial Alagoas
Em julho de 2018, a Equatorial Energia sagrou-se vencedora no leilão de privatização da Equatorial Piauí (Antiga Cepisa), distribuidora de energia do Piauí, que até então era controlada pela Eletrobrás. A Equatorial passou a controlar a distribuidora mediante pagamento de R$ 95 milhões em bônus de outorga à União Federal e aumentou o capital da Equatorial Piauí em R$ 721 milhões. A operação foi concluída em outubro de 2018.
Em 27 de setembro de 2018, a Equatorial Energia adquiriu, via leilão, os 49% restantes do capital da Integração Transmissora de Energia S. A. (“Intesa”) e passou a ser detentora de 100% do capital social da Intesa.
Em 28 de dezembro de 2018, a Companhia foi vencedora no procedimento licitatório na modalidade de leilão, para a outorga de concessão de serviço público de distribuição de energia elétrica da Equatorial Alagoas (Antiga Companhia Energética de Alagoas S.A.). A Equatorial aumentou o capital da Equatorial Alagoas em R$ 546 milhões e a conclusão da operação se deu 18 de março de 2019.
2021 – Expansão de atuação e Entrada no Setor de Saneamento
Comprometida com sua agenda de crescimento, em 2021 o grupo avançou no segmento de distribuição com a aquisição de duas distribuidoras de energia, nos estados do Rio Grande do Sul e Amapá, e iniciou um novo capítulo em sua trajetória, a partir da entrada no setor de saneamento, com a aquisição da concessão de saneamento do Amapá.
Em março de 2021, a Equatorial Energia sagrou-se vencedora no leilão de privatização da CEEE-D, distribuidora de energia do Rio Grande do Sul, que até então era controlada pelo Estado do Rio Grande do Sul, e concluiu o processo de aquisição julho.
Em junho de 2021, a Equatorial Energia sagrou-se vencedora no leilão de privatização da CEA, distribuidora de energia do Amapá, que até então era controlada pelo Estado do Amapá, e concluiu o processo de aquisição novembro.
Em setembro de 2021, a Equatorial Energia, através do Consórcio Marco Zero, sagrou-se vencedora no leilão da concessão de saneamento do Amapá, que até então era controlada pelo Estado do Amapá. A concessão atende mais de 800 mil pessoas, e é uma concessão plena (Ampliação, Operação e Manutenção dos Sistemas de Água e Esgoto e Gestão Comercial), com prazo de 35 anos. A operação tem início previsto para Julho de 2022, e concluiu o processo de aquisição dezembro, iniciando o período de operação assistida.
Aquisição da E-Nova e compra de participação na Sol Energias
Em junho de 2021, o Grupo Equatorial através de sua controlada Equatorial Geração Distribuída SPE S.A., adquiriu 100% das quotas da E-Nova Instalação e Manutenção Ltda., que será transformada em sociedade por ações, com a consequente conversão da totalidade das quotas em ações e sua conversão em subsidiária integral. O valor envolvido nesta operação foi de R$ 7,5 milhões.
Em dezembro de 2018, a Equatorial Energia adquiriu os 49% restantes do capital da Solenergias e passou a ser detentora de 100% do capital social da Solenergias e da Helios Energia Comercializadora e Serviços.
Venda da Participação na Geramar
Em dezembro de 2021, o Grupo Equatorial acordou a venda da totalidade de sua participação societária na Gera Maranhão.
2022 – Entrada no segmento de Renováveis
A Equatorial Energia concluiu em 03 de março a aquisição da Echoenergia, empresa que desenvolve, implementa e opera projetos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Fundada no início de 2017, a empresa tem sede administrativa em São Paulo e atividades operacionais distribuídas nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. A empresa opera atualmente 10 parques de geração eólica que, juntos, somam 1.2GW em capacidade instalada. Os ativos mais recentes, Echo 8, 9 e 10 entraram em operação em fevereiro de 2022. Adicionalmente, a Echoenergia conta com um portfólio de projetos em desenvolvimento focados principalmente em energia solar, que adicionarão mais 1.2 GW a sua capacidade.
Follow on da Equatorial
Em fevereiro de 2022, a Equatorial concluiu sua operação de aumento de capital (follow on) na qual obteve uma captação líquida de R$2,8 bilhão de recursos líquidos através da emissão de novas ações precificadas a R$23,50 cada.