Entenda o caso da faculdade de medicina acusada de impor plantões exaustivos a alunos

17 junho 2025 às 20h45

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A Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) de Guarujá, em São Paulo, é alvo de denúncias de estudantes de Medicina por conta do internato no Hospital Santo Amaro. De acordo com os alunos, eles são submetidos a plantões exaustivos e abusivos, chegando a ser obrigados a dormir no chão.
Um dos estudantes acusa a universidade de falsidade ideológica. Ele alega ter tido a assinatura falsificada em um documento após questionar a reprovação em uma disciplina. O advogado do aluno alega que a reitoria teria falsificado a assinatura para impedir que o estudante recorresse ao campus do interior paulista e denunciasse as “condições sub-humanas” do internato no litoral.
Além disso, alunos afirmaram, ao portal g1, que a universidade não oferece a infraestrutura adequada para que os alunos façam o estágio necessário no centro obstétrico do Hospital Santo Amaro. Eles disseram que foram submetidos a plantões de até 24 horas, sem tempo para descanso.
Alunos afirmam que a coordenação do curso não mantém boa comunicação para tratar do assunto com os estudantes. “Mesmo com reclamações para a instituição e o hospital, recebemos respostas vazias ou até mesmo de deboche”, revelou um dos estudantes ao G1.
Em nota, a Unoeste afirmou que as alegações são “infundadas e decorrem da insatisfação de um estudante que, não atingindo os critérios mínimos exigidos para aprovação, passou a disseminar informações inverídicas e ofensivas à integridade institucional”.
A universidade afirma, também, que foi classificada como “a melhor universidade particular do estado de São Paulo”, na avaliação do Ministério da Educação (MEC). “A qualidade do ensino, a seriedade dos processos pedagógicos e o compromisso com a formação ética e técnica dos nossos alunos são pilares inegociáveis da nossa atuação”.
O curso de Medicina da Unoeste possui nota máxima na avaliação do Ministério da Educação. De acordo com o MEC, a nota 5 foi resultado de uma avaliação externa in loco realizada em 2024 e que verificou três aspectos:
A pasta também informou que é obrigatório que cursos de Medicina apresentem uma estrutura organizada e bem supervisionada para o internato, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Medicina.

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