Para presidente da Fecomércio, abertura do comércio conforme as regras da prefeitura irá auxiliar na fiscalização de comércios clandestinos, como ocorre com ambulantes na Região da 44

O comércio varejista já retomou funcionamento em Goiânia desde a última terça-feira, 23, após inúmeros impasses. No entanto, imagens divulgadas da Região da 44, ainda não autorizada pela prefeitura a funcionar, chocaram a população quanto à falta de uso de máscaras, higiene e distância mínima. Para o presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiochi, “enquanto o comércio formal estiver fechado, os ambulantes vão tomar conta”.
Para ele, o problema dos ambulantes é uma das principais questões que a Fecomércio considera quando pede às autoridades pela flexibilização. “Enquanto o comércio formal não voltar com as regras, o informal toma conta sem regras”, disse ao Jornal Opção. “Se você olhar as imagens, vai ver que todas as portas dos comércios estão fechadas. Aí não tem fiscalização e nem regra”, afirmou.
Ele garante que assim que os comerciantes da Região da 44 forem autorizados a abrir suas portas, as medidas sanitárias exigidas pela prefeitura serão respeitadas. “Eu tenho certeza que vão [respeitar as medidas]. Aquele que não respeitar tem que ser fechado. O próprio comerciante que tiver respeitando tem que denunciar quem não respeitar, porque pode comprometer o trabalho dele”, falou.
“O próprio comerciante vai tomar conta de sua porta. A Secretaria Municipal de Transito (SMT), as equipes de fiscalização vão tomar conta. Hoje, como está, não tem como se organizar uma bagunça. Só tem como organizar quando o comércio formal voltar a funcionar. Ele mesmo vai cuidar da sua porta”, argumentou Baiochi.
Exemplo para o Estado
Para o presidente da Fecomércio, Aparecida é o melhor modelo adotado no Estado de retomada da economia. Para ele, o aumento nos casos não representa que a gestão falhou na decisão. “Aparecida, na realidade, acertou. Foi o município que deu modelo para todos os outros. Criou critérios de abertura e de fechamento em caso de aumento de contaminação”, opinou.
“A medida é clara. Uma vez por semana uma região fecha. Como saiu de uma zona para outra de maior risco, todo comércio agora fecha aos domingos. E se passar para outra zona de risco maior, fecha sábado às 13h, todo comércio e domingo. Assim, Aparecida vai graduando o fechamento se o risco aumentar muito e os leitos diminuírem muito. Lá tem regra e ela é muito clara. É a melhor que tem”, pondera Baiochi.
Para ele, o aumento nos casos é natural e não é decorrente da abertura do comércio. “Vai acontecer mesmo. Mais pessoas vão se contaminar, até porque a medição é acumulada. Não está se medindo quantos são contaminados por dia, mas quantos foram contaminados desde o dia que começou a pandemia”, apontou.
Caso os números acelerem em Goiânia, ele acredita que a flexibilização não pode e não deve ser responsabilidade, até porque não havia isolamento antes dela. “Hoje o isolamento é 34%, muito parecido com antes da pandemia. As pessoas estão nas ruas. A própria secretaria da saúde [Fátima Mrué] declarou hoje em jornais de circulação sobre isso. Muito melhor o comércio aberto sendo fiscalizado com regras rígidas do que do jeito que está, com a informalidade tomando conta.”
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