Enfermeira de Zagallo quer indenização de R$ 190 mil: “ambiente de trabalho humilhante”
26 agosto 2024 às 20h22
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Uma cuidadora que trabalhou para Mario Jorge Lobo Zagallo, ex-técnico da seleção brasileira, está buscando na Justiça uma indenização de R$ 190 mil. Durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, a mulher afirmou que esse é o valor que aceita em um eventual acordo, resultante de um processo trabalhista iniciado no início deste ano. A informação são do portal de notícias UOL.
A cuidadora alegou que enfrentou condições de trabalho inadequadas e humilhantes enquanto cuidava de Zagallo, que faleceu no início de 2024. Ela relatou que era obrigada a dormir no mesmo quarto que o ex-técnico, em um colchão no chão, e era constantemente acordada para ajudá-lo a ir ao banheiro, sendo assim requisitada 24 horas por dia.
A enfermeira também afirmou que não tinha tempo adequado para suas refeições, devido à dependência de Zagallo. A profissional ainda acusou Mário César, filho de Zagallo, de manter uma “conduta abusiva”, de “utilizar um tom ríspido e ofensivo”, o que configuraria “um ambiente de trabalho hostil e humilhante”.
Inicialmente, a cuidadora havia solicitado uma indenização de R$ 328.115,27, mas durante a audiência, a família de Zagallo ofereceu apenas R$ 18 mil, proposta prontamente rejeitada. O processo, que corre em segredo de Justiça, foi aberto em abril de 2024, poucos meses após a morte de Zagallo, e inclui reivindicações por FGTS, multas, 13º salário, férias proporcionais, diferenças salariais, verbas rescisórias, horas extras e indenização por assédio moral.
Durante a pandemia, a cuidadora afirmou que, além de suas funções, foi obrigada a realizar tarefas domésticas, como limpeza do banheiro, passar roupas e preparar as refeições de Zagallo, devido à ausência de uma funcionária da limpeza. Em sua defesa, a família de Zagallo negou as acusações, afirmando que a enfermeira dispunha de acomodações adequadas e que não trabalhava 24 horas por dia, tendo pausas para alimentação.
Eles também contestaram as alegações de assédio moral, argumentando que as provas apresentadas pela cuidadora estão fora de contexto e que a relação de emprego é inexistente.
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