Emenda no Plano Diretor quer ciclorrota de Art-Déco pelo centro histórico de Goiânia

29 julho 2020 às 19h48

COMPARTILHAR
De autoria do vereador Álvaro da Universo, emendas ainda contemplam mobilidade e acessibilidade
*Por Eduardo Pinheiro e Mirelle Irene

Uma ciclorrota que contempla a Art-Déco é uma das emendas feitas pelo vereador Álvaro da Universo (Patriota) no novo Plano Diretor de Goiânia, que tramita na Câmara Municipal. A modificação prevê, no inciso VII do artigo 29, que institui o Programa Cicloviário da capital, um programa permanente de passeio pelo centro histórico.
A ciclorrota passaria pelos monumentos construídos e tombados como patrimônio histórico como o trampolim do Lago das Rosas, o Teatro Goiânia, o Grande Hotel, a torre do relógio, o Tribunal Regional Eleitoral, Fonte Luminosa, Museu Pedro Ludovico Teixeira, Chefatura de Policia, Fórum e Tribunal de Justiça, Palácio das Esmeraldas, Luminária, Secretária Geral, Museu Zoroastro Artiaga, Ministério da Fazenda, Lyceu de Goiânia, Instituto Federal de Goiás (IFG), Estação Ferroviária, Traçado Urbanístico.
O Programa Cicloviário, no Plano Diretor, tem por objetivo incentivar a inserção da bicicleta como meio de transporte. E, segundo o vereador, que é membro da subcomissão de Mobilidade, Acessibilidade e Transportes, é uma das demandas de entidades ligadas ao ciclismo na capital, através de encontros e audiências públicas.
A demanda das entidades ligadas ao ciclismo quer sobretudo que o modal seja beneficiado a ponto de se tornar uma opção para além do lazer. Ou seja, que a topografia favorável da cidade seja usada para que as bicicletas sejam usadas de fato como meio de transporte, não só como opção de lazer.
Acessibilidade
Outros pontos destacados por Álvaro da Universo são sobretudo ligados à acessibilidade. As inserções foram pontuais, mas destacam a acessibilidade da pessoa com deficiência, como no caso do inciso I, do artigo 33, que trata do Programa de Gerenciamento de Trânsito. Em que foi inserido no texto o pedestre com deficiência na priorização de travessias em vias que não permitam interrupção de tráfego de veículos motorizados. O texto prevê que seja garantida a segurança e o conforto do pedestre.
Foi feita inserção também no inciso IX do mesmo artigo, que versa sobre a implantação de programas e campanhas de educação para o trânsito nas escolas, nas ruas, nas comunidades e nas empresas, com enfoque especial para o respeito à vida e as políticas públicas de conscientização dos direitos das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Houve no final a iserção de “pessoas com deficiência e mobilidade reduzida’.
O vereador sustenta que a depender, pelo menos da subcomissão de Mobilidade, Acessibilidade e Transportes não haverá nenhum empecilho com o Paço para aprovação da revisão do Plano Diretor.
“Creio que não vai haver queda de braço com o Executivo. Se depender da subcomissão, o Plano Diretor será aprovado sem grandes transtornos. Agora não sei nas outras subcomissões. Nosso relatório privilegia a acessibilidade e vimos que isso deixava a desejar no projeto encaminhado pelo Executivo”, avalia.
A revisão do Plano Diretor ainda depende de tramitação, que está travada após exigências de publicidade e adequações do Ministério Público, com produção dos relatórios das subcomissões, relatório final do relator principal Cabo Senna e de votação.