O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) publicou, na noite deste domingo, 9, um novo vídeo no qual aborda diretamente a questão das operações policiais deflagradas pela Polícia Civil e que tiveram como alvo secretarias da Prefeitura de Goiânia. O gestor disse que as investigações não o intimidam, e que sua pré-candidatura à reeleição segue no páreo. “Estou muito tranquilo”.

Esse é o segundo vídeo que o prefeito divulgou em suas redes falando sobre a crise envolvendo aliados que viraram alvo de investigações policiais. A última operação, deflagrada na quarta-feira, 5, causou a saída do então secretário de Infraestrutura e um dos maiores aliados de Cruz, Denes Pereira.

No primeiro, publicado na última quinta-feira, 6, Cruz disse estar à disposição das investigações, mas que “há uma clara perseguição política” contra sua gestão. Já no de hoje, o prefeito bateu na tecla de que continua pré-candidato à reeleição.

“Sim, sou pré-candidato, trabalho para a candidatura, e esse trabalho é visto em todos os lugares onde eu ando”, disse. As declarações são uma resposta aos rumores de sua possível desistência do projeto político, devido ao desgaste causado pelas operações policiais.

“Busco, nesse foco, continuar sempre demonstrando trabalho para a população. Mesmo com esse processo de investigação que acontece, a pré-candidatura vem em um momento em que nós nos fortalecemos, mostramos resultados positivos para o cidadão. A questão se a investigação, se esse processo me intimida, se me põe medo de vir à reeleição ou pré-candidatura, [a resposta é] não”, afirma Cruz, acrescentando saber que, nesse momento, é importante que ele conte com sua “credibilidade de poder sempre ser transparente”.

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O prefeito de Goiânia afirma ainda não temer abordagens da população, e que sempre responde aos questionamentos. “Não tenho medo quando as pessoas me param na rua para fazer perguntas ou fazer qualquer colocação. É importante que você pare, ouça as pessoas e dê pra ela o seu relato”, arremata.

A Operação Transata, deflagrada na última semana, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão – um deles na casa de Denes Pereira – em investigação de um apontado esquema de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa e passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Na ocasião, a Prefeitura de Goiânia declarou que colaborava “integralmente com a Polícia Civil” e “com o acesso das equipes policiais aos locais visitados para a coleta de equipamentos ou documentos”.