Escolas estaduais devem retornar em modelo híbrido a partir do dia 2 de agosto. Será permitido 30% da ocupação no ambiente escolar

Sala de aula vazia Foto: Reprodução

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu veementemente o retorno às aulas presenciais em todo o país durante pronunciamento na noite de terça-feira, 20. Em Goiás, o retorno as salas de aula já está programado para o dia 2 de agosto, em esquema de revezamento. A Superintendente de Organização e Atendimento Educacional da Secretaria de Educação de Goiás, Patricia Moraes Coutinho, garante que não dá mais para esperar, e que é preciso voltar as salas de aula, mas com segurança.

“Nesse momento, temos que conscientizar as famílias da importância do envio dos seus filhos para as escolas. Estamos garantindo toda a segurança. Vamos estar monitorando e fiscalizando as escolas para garantir que esse retorno seja seguro para todos e não só para os estudantes, mas para todos os profissionais da educação que vão estar ali no ambiente da escola. Não dá mais para não retornarmos, a gente precisa garantir o direito do estudante de aprender”, afirma.

Os alunos estão em ensino remoto desde o ano passado, devido a pandemia da Covid-19. “As escolas estão programadas para voltarem a funcionar a partir do dia 2 de agosto, em modelo híbrido, ou seja, aulas remotas e presenciais. Neste momento o retorno prevê 30% dos estudantes seguindo a nota técnica do COE, e, a que está que está vigente neste momento é a número 15 lá de 2020 que permite a capacidade da escola de até 30%. Caso haja, algum ajuste desse percentual de alunos que podem ser atendidos na escola a gente ajusta também”, explica Patricia.

Segundo a superintendente, devem voltar aqueles estudantes que não tinham nenhuma conectividade e que estão tendo aula desde o ano passado através do recebimento do material impresso e acompanhamento dos professores pelo plantão de dúvidas. Além daqueles que também durante a aplicação da avaliação diagnóstica no primeiro semestre tiveram baixo desempenho e os mais vulneráveis.

“O planejamento é que esse rodízio, seja quinzenal, mas a depender da especificidade de cada escola poderá optar por um revezamento semanal. Mas, a princípio a orientação é quinzenal de forma que a gente consiga atender todos eles. Em paralelo a esse retorno a gente também oferece o nosso plantão de dúvidas, que é um acompanhamento das aprendizagens. Esse plantão serve para tirar dúvidas daqueles estudantes, ainda que eles estejam nas aulas presenciais e estejam com muita dúvida de como resolver as atividades, de como se adaptar novamente a escola e ao conteúdo. O aluno pode agendar e tem aluno que vamos convocar para que venha no contra turno nesse contato presencial com o professor para reduzir essas perdas da aprendizagem”, aponta.

Equipamentos de segurança

De acordo com a superintendente, desde a semana passada as escolas estão recebendo um reforço de EPIs. “Nós estamos levando até as coordenações regionais e elas estão distribuindo as escolas os EPIs que foram adquiridos pela Secretaria. As escolas desde ano passado fizeram aquisição de EPIs e a Secretaria também fez um processo de licitação para aquisição desses itens que estão sendo distribuídos agora. A maioria das escolas já tem esses equipamentos, estamos indo como reforço para garantir que os protocolos sejam seguidos de forma criteriosa”, disse.

“Está chegando nas escolas para além daquilo que possuía, dois termômetros, cinco dispensers de álcool em gel, mais o álcool em gel que já foi e que fica dentro de cada sala. Além de um pulverizador agrícola para fazer a sanitização da escola, caixa de máscaras descartáveis, sabonete liquido e demais produtos de higiene. Estamos disponibilizando quatro máscaras de tecido por estudante, e aqueles que tem aula no período integral, por ter um tempo de permanência maior na escola estamos entregando oito. Então, estamos disponibilizando sim máscaras para os alunos, professores e servidores da escola”, destaca Patricia.

Momento de intervalos

Segundo a superintende da Seduc, neste momento não haverá recreação ou atividades de contato físico.”Orientamos para esse primeiro período nesses 15 dias onde vamos sentir como será essa retomada, que esse intervalo seja intercalado entre as turmas. Ou seja, as turmas não devem se encontrar e esse intervalo é o da alimentação escolar. Solicitamos que não tenha atividade de contato, que tenha distanciamento e que seja feito em quadras e espaço aberto para garantir que não haja contágio e nem contaminação. Vamos voltar com esse cuidado bem garantido”, enfatiza Patricia.