‘É um belo de um cara’: Ciro Gomes elogia Caiado e critica ‘janjismo’ no governo Lula

24 junho 2024 às 13h21

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O ex-deputado federal, ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), teceu elogios ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil), cotado para disputar o pleito presidencial em 2026. Para o político cearense, Caiado tem “espírito político” e é um “bom administrador”. As declarações do político foram dadas durante entrevista no canal do Youtube “My News”, na última quinta-feira, 20.
“É um belo de um cara, eu conheço mais de perto. Esse reacionarismo dele, que é fundador da UDR, já foi candidato a presidente lá atrás e tal, mas esse reacionarismo dele não impediu de ficar contra as posições malucas e negacionistas do Bolsonaro na pandemia. Ele foi pela vacina, foi pelo isolamento social, só que tá em uma província. (…) Mas é um quadro, acho que é um quadro” disse o candidato à presidência em 2022.
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Além de elogiar Caiado, Ciro voltou a criticar a primeira-dama Janja e disse que o “janjismo” irá atrapalhar o desempenho da esquerda nas eleições municipais. No mês passado, em seu perfil no X (antigo Twitter), o ex-ministro questionou a postura do Palácio do Planalto em relação às fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul e afirmou que a primeira-dama estaria por trás das notícias falsas.
“Pelo movimento da economia, a população vai votar contra o governo e pela guerra cultural, o janjismo, vai perder a eleição o governo. Não vai perder 2026, vamos acompanhar as eleições municipais nas capitais brasileiras, que são uma pista nos grandes centros”, contou.
Após dizer que o governo tem chance de perder as eleições de 2024 e 2026, o ex-ministro foi questionado sobre os possíveis postulantes pelo campo da direita na disputa pelo Palácio do Planalto em dois anos, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível após sofrer duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste contexto, Ciro Gomes critica os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (São Paulo), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que são cotados para herdar o espólio. Sobre o gestor paulista, o ex-governador cita alguns posicionamentos próximos ao bolsonarismo, como a solidariedade prestada ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Já Zema é caracterizado como o “fim da picada”.