Desafio para 2018 é garantir abastecimento em Aparecida de Goiânia, avalia secretário
13 setembro 2017 às 19h21

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Titular diz que novas medidas devem impedir crise hídrica em Goiânia neste ano e no próximo, mas faz ressalva: “Problema, agora, é como vamos levar água até Aparecida”

As medidas de restrição na captação de água na bacia do Rio Meia Ponte somadas ao início do funcionamento do Sistema Mauro Borges do Ribeirão João Leite devem ser suficientes para impedir que Goiânia volte a enfrentar problemas com a falta de água neste e no próximo ano.
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O risco de desabastecimento recai agora, entretanto, sob o sistema de captação de Aparecida de Goiânia. A afirmação é do titular da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Vilmar Rocha (PSD).
Em entrevista ao Jornal Opção nesta quarta-feira (13/9), o secretário explicou que há um projeto para a criação de um “linhão” que levaria água da bacia do João Leite para a cidade, ampliando o sistema de abastecimento.
A ordem para o serviço, conta o secretário, já estava adiantada, mas acabou sendo prejudicada por conta dos desdobramentos da Operação Decantação, que investigou, no ano passado, um suposto esquema de corrupção na Saneago.
Para tentar reverter a situação, a pasta já está tentando obter recursos por meio de empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e operação de crédito privada. Mesmo assim, a obra pode demorar até dois anos para ser concluída.
Por isso, para evitar transtornos e a falta de abastecimento em alguns bairros da cidade neste ano e no póximo, Vilmar Rocha afirma que pode ser necessária a adoção de medidas emergenciais, como a interligação de poços e até mesmo envio de caminhões pipa.
“A crise veio em uma ‘hora boa’. Com essas obras complementares, provavelmente não teremos crise hídrica em Goiânia no ano que vem. O problema, agora, é como vamos levar água até Aparecida”, explicou Vilmar.