Deputado estadual vai rodar Goiás em campanha contra o governo, se Caiado aderir ao regime fiscal
04 agosto 2019 às 14h28

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Discurso é de que o plano impede transferência de recursos para municípios e aplicação das emendas parlamentares impositivas

O deputado estadual Coronel Adaílton (PP) recomendou a governadoria de Goiás a não aderir ao plano federal de Regime de Recuperação Fiscal. Os setores produtivos, agronegócios e de serviços crescem a cada ano e se mostram como motivo para o governo estadual escolher outra alternativa.
Segundo Adaílton, as regras exigidas pelo regime de recuperação engessam a máquina pública e bloqueiam vários investimentos. Além de impedir a aplicação das emendas parlamentares impositivas e a transferência de recursos para municípios, ainda que os mesmos deem contrapartida.
“E a população não quer Goiás andando para trás. Seria desastroso aderir ao plano. Se o governo aderir ao regime, vou rodar o estado mostrando a realidade dele para a população. Não terão meu apoio na Assembleia para aprová-lo”, repudia Coronel Adaílton.
Segurança Pública
O plano de regime fiscal atrapalharia também investimentos na segurança pública estadual, que levaria a classe policial a um retrocesso. “Não se teria mais compras de viaturas, armamentos e munições e melhorias nas instalações policiais. O governo precisa pensar muito bem no que ele quer”, sugere o militar.
As críticas ao governo vieram após uma apresentação do comandante da PM sobre balanços positivos da área. O coronel ressalta que os números apresentados são fruto de empenho de gestões anteriores e que o governo entrega apenas as compras já efetivadas, como as novas viaturas policiais.
“O governo não conseguiu melhorar tanto assim em seis meses não. Isso tudo são dados de duas ou três gestões anteriores à essa”, aponta o coronel. Segundo Adaílton, o governo federal assumiria o controle da máquina pública caso Goiás entre no regime fiscal.