Vanderlan Cardoso: "Eu particularmente acredito que vá se confirmar a parceria do Gedda conosco" | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Vanderlan Cardoso: “Eu particularmente acredito que vá se confirmar a parceria do Francisco Gedda [presidente do PTN] conosco” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

Sondado para compor na chapa a ser encabeçada por Iris Rezende (PMDB) na disputa pelo governo de Goiás, o empresário e ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB) segue reiterando que sua pré-candidatura não tem volta. O pessebista quer disputar como candidato a governador e não a vice, e reforça que são especulações quaisquer informações contrárias a isso.

Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta quinta-feira (5/6), o político, que está com o espaço de vice em sua chapa vago, pontua que a convenção do PSB goiano já está marcada e que até o dia 30 haverá novidades quanto à majoritária. Com o recuo de Júnior Friboi, Vanderlan abriu conversações com o PTN do deputado Francisco Gedda e chama de avançadas negociações com legendas como o PROS. O governadoriável comentou sobre o retorno de Iris Rezende ao páreo, a polêmica em torno de sua saída do PMDB, um possível palanque ao candidato à presidência por seu partido, o pernambucano Eduardo Campos, e como fica sua situação a partir do novo cenário que se formata com a provável definição peemedebista. Confira a entrevista na íntegra:

O que responder quanto às especulações que crescem desde a conversa entre Iris Rezende e Eduardo Campos de que você poderia assumir a vice da chapa do PMDB?
Como você mesmo falou, especulação [enfático]. Não houve conversa neste sentido, não conversei com ninguém nem autorizei ninguém a falar. A nossa pré-candidatura já está sendo trabalhada há algum tempo, eu nunca deixei margem de dúvidas. Coloco-me como pré-candidato só porque ainda não pode dizer que é candidato. Já marquei a nossa convenção até para por fim a essas especulações, será no dia 14. E não houve essa conversa nem com o Iris Rezende, nem com o Ronaldo Caiado, aliás, com o Ronaldo tem muito tempo que eu não falo pessoalmente com ele.

Quanto às intenções de voto, com retorno de Iris Rezende ao cenário político, o senhor retorna para o terceiro lugar, como encara isso?
Normal, não muda nada pra gente. Não muda nada… Até mesmo porque ele já saiu e agora voltou, o Júnior [Friboi] já saiu também. Se for ficar toda hora trabalhando de acordo com quem está entrando e saindo a gente poderia ficar doido, então eu trabalho independente de quem sejam os nossos adversários, nossa pré-candidatura está definida e o nosso projeto está definido. Não muda nada, independe que quem seja, de quem não seja.

Ontem o prefeito Maguito Vilela, ao falar sobre o retorno de Iris Rezende ao cenário pré-eleitoral, abordou aquela polêmica sobre falta de espaço dentro do PMDB. Ele disse que quem saiu, como você e o Henrique Meirelles, não foi por falta de abertura ou apoio. O senhor concorda?
Desde que sai do PMDB nunca disse que eu não tive espaço. Tive sim, percorri 153 municípios pelo PMDB. Dentro do PMDB, pela quantidade de lideranças, seria mais difícil eu viabilizar meu projeto de ser candidato ao governo. Realmente, ninguém me podou, ninguém foi culpado. Nem o Iris, nem o próprio Maguito, que foi, inclusive, fazer o convite a mim para filiação no PMDB, lá na minha empresa, junto com meus funcionários. O prefeito está coberto de razão quanto a isso.

E sobre a reunião na tarde de quarta-feira com o presidente do PTN, deputado Francisco Gedda, em nome do grupo que está formando um bloco de partidos ainda em busca de quem apoiar?
O deputado Gedda sempre deixou claro que se o Júnior do Friboi não fosse candidato ele estaria caminhando conosco como caminhou em 2010. Eu particularmente acredito que vá se confirmar a parceria do Gedda conosco. Com relação aos demais partidos a gente está conversando é individualmente, conversei com o presidente do PPL [José Netho], e ainda vamos conversar com o restante do pessoal, se houver o interesse deles também de estar conversando conosco. Nunca fechei porta a ninguém nesse sentido.

O mesmo bloco, pela manhã, também esteve reunido com o presidente do PT estadual, Ceser Donisete, então fica a questão de se esse grupo vai se dividir para apoiar nomes diferentes. O senhor chegou a conversar a respeito dessa possibilidade?
Não, sobre essa questão não falei com o Gedda. Mas acredito que têm vários partidos, alguns têm mais tempo de TV, não vão decidir em bloco, talvez, devido a isso. Porque se fosse tempo de TV o número de pré-candidatos igual um do outro, até puderia ser assim. São situações diferenciadas nesse grupo. Tem partido que tem muitos pré-candidatos [a deputado federal ou estadual] e outros não.

Há cerca de um mês e meio você evitava falar em vice porque era cedo, e agora, com a convenção já marcada e o cenário mais definido entre os outros pré-candidatos?
Ainda estamos indefinidos nesse sentido. Estamos tendo essas conversas com outros partidos, mas até o dia 30 a vice estará definida. O senador nós já temos, que é a indicação da Rede, o procurador federal Aguimar Jesuíno. A questão da vice está dependendo muito dessas negociações com os partidos. Tem o PTN do Gedda, o Solidariedade, que nós também estamos conversando, então pode ser que surja novidade até o dia 30.

Queria que senhor comentasse a motivação paras as visitas de Jorcelino Braga ao escritório de Iris há algumas semanas, já que é um político tão próximo do senhor e o PRP já fechou apoio à sua pré-candidatura.
São amigos, e desde que Iris retirou a pré-candidatura dele, ele recebe visita de todos, e o Jorcelino é o presidente de um partido, certamente falaram falam também de política. São visitas como a que o Eduardo [Campos] fez no sábado passado e eu estava presente, inclusive.

Nessa conversa entre Iris, o senhor e Eduardo Campos também foi falada da possibilidade de o PMDB em Goiás vir a ter palanque para o PSB na campanha à presidência, já que estão com impasse em âmbito nacional. Como o senhor analisa essa possibilidade tendo uma candidatura própria do PSB em Goiás também?
Olha, o PMDB tendo candidato próprio, dependendo da coligação que for feita em Goiás, vai ser muito difícil do PMDB apoiar Eduardo Campos, por exemplo, se estiver junto com o PT, fica impossível, porque o PT tem a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O eleitor não vai entender isso, fica muito difícil.

Mas essa união com o PT local, apesar de ser tratada como prioridade pelo PMDB, é vista como muito complicada, porque o Antônio Gomide também está relutante quanto à sua pré-candidatura.
É, o que a gente está vendo é que o Gomide realmente está insistindo em sua pré-candidatura, percorrendo todo o Estado de Goiás.

E a sua pré-campanha? Qual a agenda e programação para este último mês antes do início do período eleitoral de fato?
Estamos viajando muito, fazendo as apresentações do plano de meta. Nesse final de semana, já começamos a trabalhar também a campanha, com a questão eleitoral, os programas eleitorais, estamos discutindo o plano de orçamento, tiramos o fim de semana para isso, e também estamos concentrando todo o nosso pessoal para a convenção dia 14, que vai ter a presença do Eduardo Campos.