Entre janeiro e março deste ano, Goiás registrou 339 casos de maus-tratos contra animais – uma média de quase quatro crimes por dia, ou 113 ao mês. Se comparado com a mesma média contabilizada em 2023, de 92 registros mensais, houve um aumento de 22,8% em 2024. 

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Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou 1.115 crimes de maus-tratos contra animais no ano passado. O aumento também foi sentido pelo Grupo de Proteção Animal (GPA) da Polícia Civil (PC).

A delegada Simelli Lemes afirmou que o número de denúncias que chegam a delegacia saltou 25% este ano, com média de 145 acusações por mês. A investigadora explica que práticas como abandono de animais, falta de alimentação e atos de crueldade são considerados crimes de maus-tratos.

“ A omissão nos cuidados são a maioria das nossas denúncias. São pessoas que não prestam o mínimo de cuidados com o animal, principalmente negando atendimento veterinário”, disse. 

Perfil 

Simelli diz que, estatisticamente, a maioria dos casos de maus-tratos são praticados por homens de idade avançada, porém, é cada vez mais comum mulheres e jovens serem presos pelo mesmo crime. 

Na última segunda-feira, 22, o Jornal Opção mostrou que um homem de 50 anos foi preso suspeito de caçar e matar cerca de 10 cães de rua, em Caldas Novas. A companheira do homem também foi detida por agredir os militares e tentar impedir a prisão do marido.

O suspeito atraia os animais de médio e grande porte para um lote baldio, onde os matava a tiros com uma espingarda de chumbinho. Na residência do casal, a corporação encontrou dois sacos com cães mortos. 

“Atuamos principalmente de forma repressiva, combatendo o crime e prendendo os autores. Porém, a natureza deste crime impõe outras formas de atuação, principalmente na orientação”, concluiu.