“CPI não causa insegurança jurídica”, afirmam executivos da JBS
18 novembro 2019 às 16h42

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Eles também garantiram que não há possibilidade da empresa se retirar do Estado por conta de redução de incentivos fiscais

Na oitiva realizada nesta segunda-feira, 18, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos incentivos fiscais, os executivos da JBS, que representam a empresa na comissão, Marcelo Zanatta Estevam e Fábio Augusto Chilo, disseram que a “CPI não traz insegurança jurídica”, como vem sendo dito por outros empresários.
O deputado estadual Talles Barreto (PSDB) chegou a questionar se, caso forem retirados incentivos a sua empresa, eles sairiam do Estado e a possibilidade foi descartada pelos executivos. O deputado Humberto Aidar (MDB) aproveitou para lembrar que outras empresas já afirmaram que não pretendem deixar Goiás por conta de benefícios tributários.
A promotora Leila Maria, que acompanha a CPI, elogiou a honestidade de Marcelo Zanatta Estevam e Fábio Augusto Chilo. “Fiquei encantada com as falas honestas e com a falta de intenção em sair do Estado de Goiás. Precisamos dos incentivos de forma transparente e por segmento. A guerra fiscal é proibida por Lei. Não adianta empresário falar que em tal Estado está mais baixo. Não pode haver guerra fiscal entre os Estados”, pontuou a representante do Ministério Público de Goiás na comissão.
Para ela, “o maior mérito dessa CPI foi trazer transparência à política de inventivos fiscais”. “Não adianta que Estado A ou B promova mais incentivos, a Constituição proíbe a guerra fiscal entre os Estados. A CPI é uma forma de dar transparência a isso tudo. Aqui, tanto as empresas quanto os deputados estão fazendo um trabalho sério e não político”, finalizou.