Está previsto o depoimento da servidora Regina Célia; Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde; o depoimento de Carolina Palhares Lima, diretora de Integridade (Dinteg) do Ministério da Saúde e uma diligência com o ex-governador do Rio Wilson Witzel

CPI da Pandemia | Foto: Senado Federal

A semana da Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida popularmente como CPI da Pandemia, será focada em depoimentos relacionados às suspeitas de irregularidades nas negociações das vacinas contra a Covid-19.

As denúncias de irregularidades começaram com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que compareceu ao Senado com o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda. Em depoimento na semana passada, o policial Luiz Paulo Dominguetti se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply, e detalhou o esquema de propina supostamente ligado ao ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Com a riqueza de detalhes, chegou a expor  um áudio para desqualificar o depoimento de Luis Miranda na CPI, onde liga o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), ao escândalo da vacina indiana Covaxin.

A CPI agendou para esta semana, a partir desta terça-feira, 6, o depoimento de Regina Célia. Ela é apontada pelo servidor Luis Ricardo, que é irmão do deputado Luis Miranda, como sendo quem autorizou a importação da Covaxin, apesar das irregularidades.

Já na quarta-feira, 7, será ouvido Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. Dominguetti o acusou de cobrar propina de US$ 1 por dose, em negociação para aquisição de 400 milhões de vacinas inexistentes da AstraZeneca. Ele que também foi mencionado pelos irmãos Miranda. Teria sido um dos que pressionaram o servidor Luis Ricardo pela importação de 20 milhões de doses da Covaxin sob contrato irregular.

Na quinta-feira, 8, está prevista o depoimento de Carolina Palhares Lima, diretora de Integridade (Dinteg) do Ministério da Saúde. A Dinteg foi criada para fiscalizar internamente os atos do Ministério da Saúde, que enviou ao TCU a informação sobre irregularidades na compra de kits de reagentes e insumos utilizados em testes de Covid-19.

Na sexta-feira, 9, será realizada diligência com o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel.