*Com informações de Nielton Soares

O Governo de Goiás assinou com o setor produtivo nesta terça-feira, 5, no Palácio das Esmeraldas, o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero. O objetivo do Executivo é zerar esse índice em sete anos, ou seja, em 2030.

De acordo com o planejamento, a ideia é reduzir o desmatamento ilegal em 10% já em 2024. Em seguida, até 2030, o governo pretende diminuir essa atividade 15% por ano para atingir o objetivo. Atualmente, 32,5% do estado tem vegetação nativa remanescente.

Metas de redução por ano | Foto: Governo de Goiás

A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, explicou que o desmatamento ilegal gera uma série de impactos negativos.

“Ele não é avaliado, então não há medidas de proteção da fauna e flora, não se preserva a biodiversidade, não se recupera espécies ameaçadas de extinção. Então, isso tudo é avaliado quando se tem licença”, destacou.

A titular da pasta revelou que, atualmente, Goiás mantém 30 mil hectares de desmatamento ilegal por ano. A estratégia para reduzir esse índice será apoiada em quatro pontos principais.

Primeiramente, a ideia é implementar o licenciamento ambiental de forma eficiente para evitar desmatamento ilegal. Hoje, o tempo médio para emitir uma licença de Corte de Árvores Isoladas (CAI) é de 34 dias, enquanto uma Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) demora 71 dias.

PSA

O segundo ponto é valorizar a vegetação natural. Para isso, o governo quer adotar o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), fortalecer cadeias de produtos oriundos de áreas conservadas e implantar mercado de carbono, que ocorrerá no lançamento do evento Águas para o Futuro, de 10 a 13 de setembro, em Rio Quente (GO).

Em terceiro lugar, a meta é recuperar áreas degradadas com programas de compensação e reposição florestal, além de compensação por danos. Por fim, fortalecer a fiscalização ambiental com uso de tecnologias de sensoriamento remoto, os drones.

“Temos assinando esse pacto hoje 67 entidades representativas dos setores econômicos, que assinam o pacto junto conosco, se comprometendo a viabilizar nos setores econômicos a conscientização e a redução efetiva dos desmatamento ilegal no estado”, finalizou a secretária.

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