Ex-candidato a segundo suplente para o Senado na chapa encabeçada por Marconi Perillo, o empresário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim, foi um dos doadores de Jair Bolsonaro no que seria uma “vaquinha” para custeio de pendências judiciais do ex-presidente. Conforme relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), divulgado pela Folha de S. Paulo, o bilionário doou a quantia de R$ 10 mil.

Segundo revelado pela Folha, Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em transferências via PIX entre os dias 1º e 4 de julho na citada “vaquinha”.

O Coaf apontou 769 mil transações via PIX na conta bancária de Bolsonaro no período em questão. O documento lista apenas o nome dos 20 maiores doadores, mas não evidencia se todos os pagamentos foram feitos por PIX ou transferência bancária.

Procurado pela Folha, Moraes disse o seguinte: “O que essa informação acrescenta na vida de nós brasileiros? Nada né, então bom fds [final de semana]”.

Além do empresário, que foi apontado como um dos mais ricos a concorrer nas eleições de 2022, doaram a Bolsonaro o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga Neto, e o locutor de rodeios Cuiabano Lima.

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