“CCJ não é arena para debate político”, diz Sabrina Garcêz
18 fevereiro 2017 às 18h38
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Presidente da comissão mais importante da Câmara, a vereadora garantiu que seguirá o regimento e não baterá boca com Kajuru mais
A vereadora Sabrina Garcêz (PMB) afirmou ao Jornal Opção que irá conduzir a Comissão de Constituição, Redação e Justiça (CCJ) de “forma técnica” e respeitando o regimento interno da Câmara.
Após críticas de oposicionistas — em especial de Jorge Kajuru (PRP), que acusa interferência do setor imobiliário e do contraventor Carlos Cachoeira na escolha da mesa diretora e das comissões –, a presidente lembrou que ali não é lugar para debates políticos.
“A CCJ é uma comissão para debates legais. Se determinado projeto tem ou não constitucionalidade, não é arena para embates políticos”, disse a vereadora, que aproveitou para lembrar que a questão da eleição na Câmara já foi judicializada: “Deixemos a Justiça resolver a questão”.
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Na última quarta-feira (15/2), foi realizada a primeira sessão da CCJ, avaliada por Sabrina como “tranquila” e “produtiva”. “Por ter sido nosso primeiro encontro, os vereadores se alongaram um pouco mais, por isso não exaurimos a pauta. Nas próximas isso será ajustado”, completou.
Sobre a relação com Kajuru — que a acusa de envolvimento com Cachoeira e de ser manipulada por seu tio, o ex-vereador que foi preso no âmbito da Operação Monte Carlo Wladimir Garcêz –, Sabrina garantiu que não irá mais bater boca.
“O assunto acabou para mim. Já solicitei que se ele [Kajuru] tiver algo contra minha pessoa que apresente. Não ficarei discutindo coisas de outras pessoas. Não falo mais nisso”, arrematou.
Na última terça-feira (14), a vereadora subiu à tribuna para reproduzir um áudio da Polícia Federal e acusar Jorge Kajuru (PRP) de receber dinheiro de Cachoeira. Sabrina Garcêz disse, em discurso, que tem sofrido vários ataques gratuitos, mas que “não vai mais admitir” ataques à sua reputação.
“Ele me acusa de ter relações financeiras com Carlinhos Cachoeira, mas quem recebia dinheiro mensal dele era o vereador Kajuru. Não impute a mim ações que o senhor faz. Chegue à tribuna e apresente provas, o resto é só conversa”, rebateu.