Cadeiras parafusadas, gritaria e 17 pedidos de resposta: como foi o debate de SP após cadeirada
17 setembro 2024 às 15h17
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O primeiro debate com postulantes à Prefeitura de São Paulo, dois dias após a agressão ocorrida entre candidatos José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), foi marcado por gritaria, 17 pedidos de resposta, além de cadeiras parafusadas para evitar novas agressões. Participaram os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Datena, Marina Helena (Novo), Marçal, Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). Dos 17 pedidos de direito de resposta por ofensas dirigidas aos candidatos, 8 foram aceitos.
Datena e Marçal, que vinham acumulando contendas desde os primeiros encontros, falaram sobre a agressão e trocaram acusações. O candidato do PRTB disse que Datena teve um comportamento “análogo a orangotango”.
“No último debate, eu estava terminando a minha fala, falando que o Datena não é homem e aqui eu retifico, retifico não, ratifico, ele não é homem, ele é um agressor e as cadeiras aqui foram parafusadas no chão porque ele teve um comportamento análogo a um orangotango, numa tentativa de homicídio contra mim. E eu quero agradecer todos os candidatos aqui que não foram solidários”.
Datena rebateu a fala e disse que não se orgulhava do ocorrido, mas que teria agido em defesa de sua família e disse que não bateria em “covarde” duas vezes. “Você pode me provocar da forma que você quiser, que eu não vou partir pra agressão com você porque eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só, eu não vou fazer isso.”
O debate chegou a ser interrompido por conta de uma discussão com gritaria entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). Marçal chegou ao debate em cima do horário e preferiu não dar entrevistas antes do debate, depois afirmou que não iria beber a água oferecida pelo evento e que não aceitaria a regra de não xingar os adversários.
Na troca de ofensas, Marçal citou o boletim de ocorrência por violência doméstica feito pela esposa de Nunes em 2011. O atual prefeito da cidade usou a condenação de Marçal por furto qualificado em contas bancárias por meio da internet para rebater o ex-coach.
“Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele. A forma como ele vem colocando e tratando as pessoas assim, é a forma da malandragem de cadeia. Ele cria na provocação, ele manda mensagens das pessoas, como mandou pra mim, se solidarizando, como o Datena colocou e saiu no Uol, na mesma estratégia que fez com aqueles aposentados, pessoas humildes, de mandar e-mail, querendo ganhar a confiança da pessoa, a pessoa acessava, levava ali à abertura das suas contas correntes, pra ele subtrair o recurso, quem tá falando isso é a justiça, é a condenação de 4 anos e 5 meses, onde ele já foi preso. Agora, é o tempo todo atacando as pessoas.”
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