O Brasil está novamente no radar do turismo internacional com a receita gerada por visitantes estrangeiros superando os níveis pré-pandemia, embora o número de turistas ainda não tenha atingido os patamares anteriores à Covid-19. De janeiro a agosto deste ano, os turistas estrangeiros contribuíram com US$ 4,45 bilhões para o país, um aumento de quase 7,5% em comparação ao mesmo período de 2019.

Somente no mês de agosto, o país registrou uma receita de US$ 657 milhões, o melhor resultado para este mês em 28 anos, desde o início do registro pelo Banco Central. Esse número superou até mesmo o valor registrado em agosto de 2016, quando o Brasil sediou os Jogos Olímpicos do Rio. No acumulado do ano, o crescimento em relação a 2022 se aproxima dos 40%.

“Já superamos o período de crise no turismo internacional, considerando o impacto positivo que ele tem na economia brasileira. Agora estamos gerando mais receita do que no período pré-pandemia, embora ainda não tenhamos recuperado totalmente a malha de voos internacionais”, avalia Jeanine Pires, consultora de turismo e ex-presidente da Embratur. “O foco agora é atrair mais turistas, não apenas em termos de quantidade, mas também dando atenção àqueles que mais contribuem para o nosso saldo comercial.”

Nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil recebeu mais de quatro milhões de turistas internacionais, um aumento significativo em relação aos 3,6 milhões de visitantes de todo o ano de 2022. Em 2019, o país havia recebido 6,4 milhões de turistas. A estimativa da Embratur, órgão responsável por promover o Brasil como destino turístico internacional, é atingir a marca de 6 milhões de visitantes este ano, com a perspectiva de chegar a 8 milhões em 2026.