O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira, 4, que pretende concorrer à reeleição em 2026, o que poderá torná-lo o primeiro presidente eleito quatro vezes na história do Brasil. Durante cerimônia no Rio de Janeiro, Lula destacou seu plano político e reforçou a importância do diálogo com o Congresso Nacional.

“Eles não sabem o que eu estou pensando. Então, se preparem porque, se tudo estiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, afirmou Lula ao comentar sua possível candidatura nas próximas eleições presidenciais.

Além de abordar sua reeleição, Lula negou qualquer clima de confronto entre o governo federal e o Congresso. Segundo o presidente, a relação com o Legislativo tem sido marcada pelo respeito e pelo diálogo, apesar de eventuais divergências.

“Eu sou muito agradecido à relação que tenho com o Congresso Nacional. Até agora, nesses dois anos e meio, o Congresso aprovou 99% das propostas enviadas pelo governo. Quando há divergências, é bom, porque nos sentamos para negociar e encontrar soluções”, disse o chefe do Executivo.

As declarações de Lula ocorreram após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu decretos do governo e a decisão do Congresso que os derrubava, ambos relacionados ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Moraes também determinou a realização de uma audiência de conciliação entre os poderes. Lula reforçou que o foco do governo permanece na agenda de investimentos e no diálogo institucional: “Eu não quero nervosismo. Ainda temos um ano e meio de mandato, e já tem gente pensando em eleição”, declarou.

Mais cedo, Lula participou da reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o banco dos Brics, onde defendeu novas políticas de financiamento e a criação de uma moeda alternativa ao dólar para fortalecer as economias emergentes.

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