Bolsonaro sinaliza fundão de R$ 4 bilhões; Marcelo Ramos desafia presidente a vetar projeto
Nathália Alves
26 julho 2021 às 17h44
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Presidente afirmou que somente o “excesso” será vetado. Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara alegou que valor faz parte de um plano de Bolsonaro para “ficar bem na fita”
O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), afirmou nesta segunda-feira, 26, que deverá vetar os “excessos” do fundo eleitoral de 2022, sancionando o valor final para o mesmo em R$ 4 bilhões e não em R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro reiterou ainda que um valor maior não será vetado porque isso poderia levá-lo a incorrer no crime de responsabilidade. Ele também chegou a sugerir que a correção do valor deveria ter sido feita pela inflação.
“Espero não apanhar do pessoal como sempre. Porque se o pessoal começar a bater muito, vão escolher para segundo turno Lula ou Ciro.”, ressaltou o presidente ao fazer a afirmação sobre o veto. A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022 aumentou os recursos para o Fundo Eleitoral do ano que vem de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro deve decidir se vetará ou não a lei, mas o Congresso é quem decidirá por manter ou derrubar o veto.
Críticas de Marcelo Ramos
Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que Jair Bolsonaro já sabia da sanção de um determinado valor do Fundo Eleitoral, vindo a planejar um acordo com outros deputados para vetar o mesmo e depois propor um aumento no fundo em questão, levando-o para R$ 4 bilhões.
“O que se comenta nos bastidores é que o presidente está fazendo um acordo com os partidos para vetar e ficar bem na fita, encaminhando depois um complemento da LDO para estabelecer o Fundo Eleitoral em R$ 4 bilhões”, afirmou Marcelo durante uma entrevista a Malu Gaspar de O Globo na semana passada (Ouça áudio abaixo).
O vice-presidente da Câmara chegou ainda a desafiar Jair Bolsonaro a vetar verdadeiramente esse valor. Marcelo chegou a alegar também que os deputados bolsonaristas votaram contra o valor do Fundo apenas para “fazerem demagogia na internet”.
