Blitz para uso de máscaras não deve ocorrer em Goiânia, mas GCM afirma que abordagem não será mais orientativa
16 julho 2020 às 18h24

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Munícipes que forem flagrados sem uso de máscaras serão, a partir de agora, não mais orientados a colocar a máscara, mas multados pela Prefeitura

O defensor público Tiago Ordones Rêgo Bicalho, da 5ª Defensoria Pública Especializada de Atendimento Inicial, solicitou à Prefeitura de Goiânia estratégias mais duras para fiscalizar o uso de máscaras na capital, como realização de blitz e a punição de infratores.
Em ofício encaminhando ao prefeito Iris Rezende (MDB), o defensor lembrou que Goiânia já alcança dez mil casos confirmados da Covid-19 e que o município já está com grande parte dos leitos ocupados para a doença.
“Agora, mais do que em qualquer outro momento, o respeito integral aos protocolos sanitários se torna de absoluta importância. Dentre os diversos protocolos sanitários estabelecidos, um deles tem sido desrespeitado sistematicamente: o uso de máscaras. O cenário poderia ser melhor caso a fiscalização e punição dos infratores fosse mais efetiva”, destacou o defensor.
Ao Jornal Opção, o presidente comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Wellington Paranhos afirmou que não há planos para a realização de blitz para uso de máscaras na capital, mas reforçou que a partir de agora, a fiscalização será endurecida.
“Não existe uma blitz voltada somente para a fiscalização do uso de máscaras, porque nossos agentes em suas viaturas, em seu trabalho diário, já realizam essa fiscalização, tanto no período diurno quanto noturno. É realizada 24 horas por dia. Não há necessidade de fazer uma blitz só para fiscalização de máscaras, porque isso já vem sendo executado desde que foi deliberado o decreto municipal”, disse.
Ele explica que desde a reabertura das atividades econômicas em Goiânia, não houve diferença no quantitativo de cidadãos flagrados sem uso de máscara. “O que identificamos no trabalho diário realizado é que a população tem consciência que necessita fazer a utilização da máscara. Ela sai de sua residência com a máscara. Em algum momento do dia, ela tira, coloca no bolso ou na bolsa (em caso de mulheres)”, relatou.
“Quando há a abordagem de munícipes com essa atitude, o mesmo pega a máscara, coloca de maneira correta no rosto e não há a lavratura do auto infracional, a multa”, conta o comandante da GCM.
“Nessas três primeiras semanas, buscamos fazer um trabalho mais orientativo. Agora, se nossos agentes identificarem qualquer cidadão que não estiver portando a máscara não será mais como antes, de forma orientativa. Será solicitado ao munícipe seus dados e posteriormente será enviado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), onde os agentes estarão fazendo a lavratura do auto”, garantiu.